“Esta atualização vigorará a partir de maio e representa uma variação média de 3%”, disse fonte oficial da elétrica.

Em janeiro, a EDP tinha já aumentado as tarifas da eletricidade, numa média de 2,4%.

“Ao longo dos últimos anos, a EDP Comercial tem procurado garantir estabilidade aos seus clientes, atualizando as tarifas apenas no início de cada ano, mesmo em períodos de flutuação dos preços nos mercados grossistas", referiu a EDP.

No entanto, acrescentou, "o atual contexto internacional intensificou esta instabilidade e provocou uma subida no preço de aquisição de eletricidade, que é atualmente cerca de três vezes superior ao que foi registado no último trimestre do ano passado".

A Galp anunciou também esta semana que vai subir as tarifas aos clientes domésticos a partir de 15 de abril, com aumentos mensais de até três euros no gás natural, e entre um e dois euros na eletricidade, confirmou fonte oficial.

Na nota enviada aos clientes, a que a Lusa teve acesso, a Galp destaca que "os novos preços […] refletem o aumento do custo de aquisição de energia em linha com a evolução do preço no mercado internacional", indicando os novos valores, mas sem referir a variação em causa.
Contactada pela Lusa, fonte oficial da Galp adiantou que "para os principais escalões de gás natural os aumentos mensais variam entre os 1,6 e os três euros, e para as principais potências contratadas no caso da eletricidade entre um a dois euros".

As tarifas da eletricidade no mercado regulado, por sua vez, vão aumentar cinco euros por megawatt-hora (MWh), a partir de 01 de abril, o representa um acréscimo de aproximadamente 3% na fatura média mensal de eletricidade, divulgou esta semana a ERSE.

Em comunicado, a ERSE - Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos referiu então que o aumento abrange os consumidores no mercado regulado, que em janeiro eram 927 mil clientes (cerca de 6% do consumo total).

Os mercados grossistas de eletricidade e de gás natural já atravessavam uma crise energética, com valores historicamente elevados, tendo a escalada de preços disparado com a guerra na Ucrânia, alcançando valores dez vezes superiores aos que se registavam no início de 2021.