Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a NOS refere que "o resultado líquido consolidado situou-se em 79,1 milhões de euros face aos 138,1 milhões registados um ano antes".

No terceiro trimestre, o resultado líquido recuou 7,9% para 44,1 milhões de euros.

Entre janeiro e setembro, as receitas totais ascenderam "a 1.013,6 milhões de euros, traduzindo-se num decréscimo de 7,2% face ao mesmo período de 2019" e as receitas de telecomunicações "decresceram 3,8% para 995,5 milhões de euros neste período".

De acordo com a NOS, "a contribuir de forma mais intensa esteve a divisão de cinema e audiovisuais", com uma quebra de 52,7% face a 2019, e as receitas de 'wholesale' a recuarem 33,2%.

No terceiro trimestre, as receitas consolidadas recuaram 6,4% para 346,9 milhões de euros.

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) recuou 6,5% para 471,2 milhões de euros, nos primeiros nove meses do ano.

"No segmento de telecomunicações, o EBITDA verificou uma redução de 2,6% para 449,9 milhões de euros", refere a empresa.

Entre julho e setembro, o EBITDA caiu 7% para 160,6 milhões de euros.

"O terceiro trimestre deste ano marca o início da recuperação da NOS após um período intensamente marcado pela pandemia covid-19. Essa recuperação fez-se sentir num nível intenso de captação de mais clientes e serviços, bem como numa melhoria relativa das receitas, ainda em quebra de 1,4%, mas longe da quebra de 7,8% verificada no trimestre anterior", afirma o presidente executivo da NOS, Miguel Almeida, citado em comunicado.

"Neste período, a NOS acelerou o seu investimento, que atingiu 97,8 milhões de euros, reforçando a capacidade e resiliência das suas redes de comunicações, e aumentando o número de casas com redes de nova geração para 4,8 milhões", adianta.

"A nossa área de cinema e audiovisuais mostrou apenas uma ténue recuperação", referiu, recordando que a reabertura dos cinemas só aconteceu em julho e com limitações.

"O adiamento de lançamento de novos filmes obrigou a uma alteração significativa no planeamento de 2020", salienta Miguel Almeida.

No conjunto dos nove meses, a receita média por bilhete situou-se nos 5,3 euros, com o número de bilhetes vendidos a atingir cerca de dois milhões.

"Já no decorrer do quarto trimestre, concluímos com sucesso um acordo para a partilha de rede móvel ativa e passiva, que permitirá um desenvolvimento mais rápido de redes mais eficientes, abrangentes e sustentáveis", trata-se de "uma parceria histórica que vai permitir dar um contributo decisivo para a inclusão e coesão territorial do país", acrescenta o gestor.

"O agravamento da pandemia coloca, uma vez mais, a empresa à prova no desenvolvimento das suas atividades, mas, à semelhança do que se verificou na fase mais difícil de confinamento, a resposta da NOS será irrepreensível", asseverou.

De acordo com a empresa, desde setembro do ano passado, "o número de serviços prestados pela NOS aumentou 272 mil ou 2,8% para 9,886 milhões" e "os serviços de televisão aumentaram 1,5% para 1,656 milhões, enquanto os serviços de comunicações móveis evoluíram 3,4% para 4,972 milhões".

O número de casas com acesso à rede de nova geração fixa aumentou 4,9% para 4,796 milhões.

"As operações de telecomunicações continuaram a registar uma 'performance' muito resiliente, de que é reflexo o aumento de subscrições verificadas", salienta a NOS, referindo que "o consumo das famílias manteve-se estável, continuando a ser sentida alguma pressão no segmento de pequenas e médias empresas, em especial aquelas que estão mais expostas aos setores mais atingidos, como o turismo e a restauração".

Também a "redução drástica" de turistas e viagens internacionais levou a uma redução nas receitas de 'roaming'.

"Não obstante o enquadramento, a NOS aumentou, no terceiro trimestre deste ano, o seu investimento em 6% face ao trimestre homólogo de 2019 para 97,8 milhões de euros, tendo investido no conjunto dos primeiros nove meses 269,6 milhões de euros, excluindo contratos de 'leasing'", adianta.

A NOS "manteve um forte investimento neste período, em particular na área de telecomunicações", refere a operadora.

"Os investimentos centraram-se, sobretudo, na expansão das suas redes de comunicação de nova geração fixa e móvel, criando condições para uma melhoria da qualidade do serviço prestado aos clientes. O 'capex' total do grupo, excluindo os contratos de 'leasing', atingiu 269,6 milhões de euros" até setembro, acrescenta ainda.