Tudo começou no início do mês quando sardinhas e cavalas começaram a aparecer a boiar à superfície da água, atraindo pessoas a ver o que tem de belo e assustador o fenómeno que cobria as águas de prateado por mais de um quilómetro de extensão.

Preocupados, os pescadores começaram a recolher os peixes com medo que à medida que a decomposição das carcaças fosse aumentando, os níveis de oxigénio na água fossem diminuindo provocando danos na biodiversidade marítima.

Ao The Guardian os pescadores garantem nunca ter visto nada assim, e questionam-se se será este o início de uma mudança no ecossistema. Por esta altura as questões são muitas e as respostas poucas, ou nenhumas.  Alguns especialistas acreditam tratar-se de um caso de exaustão por fuga de predadores durante um período migratório. Acrescentam ainda que estes fenómenos de morte em massa estão ligados a mudanças bruscas de temperatura média da água do mar causado choque nos animais marinhos.

O próximo passo, explica um pescador ao jornal inglês, é testar a água para perceber a causa. Importa lembrar que este ano água da central nuclear de Fukushima Daiichi começou a ser lançada para o oceano. As autoridades japonesas garantiram, na altura, que não havia qualquer risco para o meio ambiente. Contudo, agora e atendendo a este fenómeno começam a levantar-se algumas questões se isso será verdade. O governo mantém a segurança na pureza da água. Embora, tenha sido exatamente quatro meses depois das descargas de água -  que contém pequenas quantidades de trítio isótopo radioativo - no pacífico que começaram a aparecer os peixes mortos. Na altura do início das descargas, a Agência da Energia Atómica aprovou o plano dizendo que o impacto radiológico nas pessoas e no ambiente era insignificante.

A Agência das Pescas japonesa diz estar preocupada com a partilha de informação insubstancial, e nas redes sociais as teorias da conspiração avolumam-se. Mas a Agência garante que não havido qualquer alteração ou anormalidade nas análises periódicas à água. E que as informações que digam o contrário, não são baseadas na ciência.

Para já, e até se ter certeza da origem do problema, os habitantes de Hakodate foram aconselhados a não consumir, vender ou comprar o peixe que dá à costa.