“Aquilo que me parece importante é assegurar que todos os trabalhadores afetados por encerramentos de atividades determinados por esta transição energética devem ter acesso não apenas a esquemas de proteção de emprego, mas sobretudo de apoio a formação para os requalificar como cidadãos produtivos do nosso país”, salientou.
Siza Vieira disse ainda que “é para isso que serve o Fundo de Transição Justa” e que com a Câmara de Matosinhos se estão a preparar esquemas de apoio aos trabalhadores que ficam prejudicados.
“O que também julgo é que é necessário pensar é na forma como se dá futuro às regiões e aos territórios que são impactados por esta transição energética”, salientou. “A lição que todos precisamos de retirar deste processo é que é necessário planear melhor todas estas questões”, acrescentou.
Para o ministro, é preciso ter em conta não apenas a “perspetiva dos agentes económicos que têm que tomar decisões”, mas também “o impacto que essas decisões têm sobre a sua comunidade”.
“Julgo que devemos criar condições para que processos como este e outros possam ser mais bem organizados e preparados em articulação com todos os atores”, rematou.
A polémica em torno do fecho da refinaria começou numa ação de campanha para as eleições autárquicas, em Matosinhos, em que António Costa, na qualidade de secretário-geral do PS, afirmou que “era difícil imaginar tanto disparate, tanta asneira, tanta insensibilidade” como a Galp demonstrou no encerramento da refinaria de Matosinhos, prometendo uma “lição exemplar” à empresa.
Pedro Siza Vieira falou hoje em Matosinhos, durante a apresentação do projeto Fuse Valley, da Farfetch e do Castro Group, o “futuro vale tecnológico que irá nascer em Matosinhos, nos próximos quatro anos”, segundo uma nota divulgada pelas empresas.
A Farfetch salientou que, neste espaço, “desenvolveu um plano para a criação de espaços, como uma creche para os filhos dos colaboradores, uma academia focada no bem-estar e também salas para a prática de meditação, ioga e exercício, promovendo a saúde física e mental, num vale que, pela sua simbiose com a natureza, tem por si só uma proposta de valor diferenciadora”.
Por sua vez, o Castro Group “irá incluir no seu programa imobiliário 62.800 m2 de escritórios disponíveis para acolher outras empresas, um hotel com 75 quartos e 42 apartamentos, 5.000 m2 de espaços para comércio e serviços de suporte ao empreendimento, como áreas de restauração, ginásio e SPA, bem como um anfiteatro ao ar livre disponível para receber mostras de arte, palestras e workshops”.
As empresas não divulgaram o investimento no empreendimento.
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