Numa atualização sobre o incêndio que deflagrou numa mina no Cazaquistão, a empresa ArcelorMittal informou que "foram encontrados os corpos sem vida de 21 mineiros”, anunciou, especificando que “23 trabalhadores ainda estavam no subsolo e 208 foram trazidos à superfície” da mina Kostenko, perto de Karaganda, no Cazaquistão.
“Ocorreu um incêndio na mina Kostenko, que resultou na morte de onze pessoas, enquanto 18 vítimas com vários graus de ferimentos foram levadas ao hospital”, disse inicialmente a administração da província de Karaganda em comunicado.
De acordo com o comunicado das autoridades de Karaganda, “dos 252 mineiros presentes no subsolo [na altura do acidente], 205 mineiros foram trazidos à superfície”.
Este é o segundo acidente fatal em dois meses num local do grupo ArcelorMittal, após a morte de cinco mineiros em meados de agosto, também em Karaganda, uma região industrial no centro do Cazaquistão.
Em resposta, o presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, ordenou hoje ao governo que “ponha fim à cooperação de investimento com a ArcelorMittal Temirtaou”, a subsidiária local da gigante siderúrgica.
O Ministro de Situações de Emergência, Syrym Sharipkhanov, deslocou-se entretanto a Karaganda.
O grupo ArcelorMittal, com sede no Luxemburgo mas detido por capitais indianos, tinha sido regularmente acusado pelo Cazaquistão de não cumprir as normas de segurança e de proteção do ambiente.
O Cazaquistão, uma antiga república soviética e a maior economia da Ásia Central, é rico em petróleo, gás, urânio, manganês, ferro, cromo e carvão.
Os acidentes com minas são bastante comuns nos países da antiga União Soviética, devido ao estado de degradação das instalações e como ao não cumprimento de normas de segurança.
(notícia atualizada às 8:52)
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