Em declarações à agência Lusa, Luis Dupont, do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica, explicou que, “de uma maneira geral, os grandes serviços têm níveis de adesão elevados”, recordando que, enquanto profissionais de saúde, de acordo com a lei, estes profissionais têm de cumprir serviços mínimos.
“O levantamento que temos desta greve, que abrange instituições de norte a sul do país, aponta para uma adesão que ronda os 85% a nível global, mas com serviços a 100% e outros serviços com valores mais baixos, na ordem dos 60 a 70%”, afirmou.
Luis Dupont explicou que há serviços que não têm serviços mínimos e que, nos que têm, os grevistas são igualmente contabilizados como estando em greve, apesar de estarem obrigados a cumprir os serviços mínimos.
“Quando dizemos que há serviços que, tendo serviços mínimos, estão a 100%, é porque os grevistas, apesar de estarem a cumprir serviços mínimos, são contabilizados como grevistas. As pessoas têm a obrigação legal de estar presentes a cumprir serviços mínimos, mas estão em greve”, acrescentou.
Os técnicos de diagnóstico e terapêutica iniciaram às 00:00 de hoje uma greve em protesto contra questões salariais e contra a contagem de anos de serviço para efeitos de progressão na carreira, depois de terem estado paralisados no mês passado.
Segundo o sindicato, esta greve surge depois de o Governo, no dia 28 de maio, ter comunicado novamente o encerramento da negociação.
Em declarações anteriores à Lusa, Luis Dupont explicou que o Governo apresentou “uma ligeira alteração” à tabela salarial, face à última proposta, dizendo que “não havia condições para apresentar matérias e questões” que são essenciais para estes profissionais.
“Não é só uma questão da tabela salarial é também a questão da transição dos trabalhadores da atual carreira para a nova tabela e a contagem do tempo de anos de serviço na atual carreira”, disse, considerando “inaceitável o que Governo está a fazer na negociação”.
Face a esta situação, os sindicatos solicitaram, no dia 05 de junho, “uma negociação suplementar face àquilo que é a lei e o enquadramento legal sobre esta matéria”, mas até ao momento não houve nenhuma resposta por parte dos ministérios da Saúde e das Finanças.
Perante este impasse, estes profissionais de saúde decidiram voltar hoje à greve, que se repete a 13 de julho. A partir de 01 de julho irão realizar uma greve às horas extraordinárias por tempo indeterminado.
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