“A nossa avaliação técnica e científica dos resultados que temos até agora não mostrou sinais de atividades nucleares ou de material não declarado nestes três locais”, afirmou o chefe da AIEA, Rafael Grossi, em comunicado.
Nos últimos dias, peritos da agência da ONU para o nuclear realizaram e concluíram, “atividades de verificação no terreno em três locais da Ucrânia, a pedido do Governo deste país”, lembrou.
Segundo Grossi, os inspetores puderam realizar “todas as atividades que a AIEA tinha planeado e tiveram acesso ilimitado aos locais”.
“Com base na avaliação dos resultados disponíveis até à data e nas informações fornecidas pela Ucrânia, a agência não encontrou indícios de atividades e materiais nucleares não declarados nos locais”, sublinhou o diretor-geral.
A AIEA vai, “o mais rapidamente possível”, reportar “sobre os resultados da amostragem ambiental”, adiantou Grossi.
Estas inspeções por especialistas da agência nuclear da ONU foram solicitadas pelo Governo ucraniano, depois de Moscovo ter acusado repetidamente Kiev de construir uma ‘bomba suja’ atómica em dois locais.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.430 civis mortos e 9.865 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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