“Percebemos que a Itália está disposta a impedir a entrada nos seus portos de dois barcos, até que a situação se torne insuportável para os seus capitães. Esta ação governamental irresponsável mostra-nos o que nos esperava em Lampedusa. Não queríamos arriscar”, explicou o diretor da missão, Gorden Isler, em declarações à revista “Der Spiegel”.
“Por isso, dirigimo-nos para Malta. Parece-me impensável que ali nos tratem como [o ministro Mateo] Salvini trata os barcos que salvam pessoas”, acrescentou.
O Alan Kurdi resgatou na quinta-feira, em águas internacionais, 65 migrantes, entre os quais 39 menores, e rumou para Lampedusa na noite de sexta-feira.
No sábado, recebeu a bordo agentes da polícia aduaneira italiana, que entregaram à tripulação o decreto de Salvini.
O incidente aconteceu poucos dias depois de o Sea Watch 3, outro barco da ONG, ter atracado em Lampedusa contra as ordens expressas das autoridades italianas.
A capitã do barco, Carola Rackete, foi detida e posteriormente libertada.
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