Alexandra Carvalho e Alexandre Santos deverão assumir funções na quinta-feira, de acordo com a nota do gabinete do ministro Duarte Cordeiro, com a pasta do Ambiente e da Ação Climática, que tutela os transportes urbanos.
O conselho de administração da Transtejo/Soflusa, que assegura ligações fluviais no rio Tejo, pediu a exoneração de funções em 16 de março, após um relatório do Tribunal de Contas (TdC) que acusava a empresa de "faltar à verdade" e de práticas ilegais e irracionais.
De acordo com a nota do Ministério do Ambiente e Ação Climática, a nomeação de Alexandra Carvalho e Alexandre Santos já recebeu parecer favorável da Comissão de Recrutamento e Seleção da Administração Pública.
“O terceiro elemento do conselho de administração da empresa será indicado em breve” pelos ministérios do Ambiente e da Ação Climática e das Finanças, lê-se ainda na nota.
Em causa estava a compra de nove baterias, pelo valor de 15,5 milhões de euros, num contrato adicional a um outro contrato já fiscalizado previamente pelo TdC para a aquisição, por 52,4 milhões de euros, de dez (um deles já com bateria, para testes) novos navios com propulsão elétrica a baterias, para assegurar o serviço público de transporte de passageiros entre as duas margens do Tejo.
Numa conferência de imprensa realizada no dia em que foi conhecido o relatório, a presidente do conselho de administração cessante negou que tenha existido qualquer “intenção de lesar o Estado” e classificou as considerações do Tribunal de Contas como “ofensivas e ultrajantes”.
A Transtejo é responsável pela ligação do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, a Lisboa, enquanto a Soflusa faz a travessia entre o Barreiro, também no distrito de Setúbal, e o Terreiro do Paço, em Lisboa. As empresas têm uma administração comum.
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