"Ele alcançou o cume com sucesso esta manhã enquanto guiava um alpinista vietnamita", disse à agência de notícias France-Presse (AFP) Mingma Sherpa, da empresa Seven Summit Treks.
Kami Rita Sherpa, de 53 anos, detinha o recorde desde que efetuou a 22.ª ascensão ao topo do Evereste, em 2018, batendo um recorde anterior que dividia com outros dois sherpas, ambos já reformados. No domingo, outro alpinista nepalês, Pasang Dawa Sherpa, de 46 anos, tinha escalado o Evereste pela 26.ª vez, igualando o anterior recorde.
Guia há mais de 20 anos, Kami Rita Sherpa alcançou o cume de 8.848 metros pela primeira vez em 1994. O nepalês escalou o Evereste quase todos os anos desde então, e em várias ocasiões até liderou a primeira equipa de técnicos responsável por abrir o caminho para o cume.
"Esses recordes não foram estabelecidos com a intenção de alcançá-los, mas como parte do meu trabalho como guia", disse Sherpa à agência AFP em abril, enquanto se dirigia para a base do acampamento.
Apelidado de "o homem do Evereste", Sherpa nasceu em 1970 em Thame, uma vila nos Himalaias conhecida por ser um terreno fértil para alpinistas talentosos.
Guias nepaleses, geralmente sherpas dos vales ao redor do Evereste, são considerados os pilares da indústria do montanhismo nos Himalaias. São eles que correm riscos enormes para transportar equipamentos e alimentos e para reparar cordas e escadas.
O Nepal abriga oito dos dez picos mais altos do mundo e recebe centenas de alpinistas a cada primavera, quando as temperaturas são mais quentes e os ventos geralmente calmos. Este ano, as autoridades emitiram 478 licenças de escalada para alpinistas estrangeiros.
Comentários