No discurso de agradecimento dos prémios, a cantora norte-americana - que, além de artista do ano, recebeu ainda o de digressão do ano, melhor álbum Pop/Rock e melhor artista feminina Pop/Rock – reforçou o apelo aos americanos para que votassem nas eleições intercalares de novembro, dois dias depois de, na rede social Instagram, ter declarado que vai votar pelo Partido Democrata.
"Só quero mencionar que este prémio [artista do ano] e todos e cada um dos prémios entregues esta noite foram votados pelo povo. E sabem que mais é que o povo vai votar? (...). As eleições intercalares de 6 de novembro. Saiam e votem”, disse Taylor Swift, em Los Angeles.
A estrela pop fez referência às próximas eleições nos EUA, nas quais os democratas esperam recuperar o terreno perdido contra os republicanos e o atual presidente, Donald Trump.
Swift tem chamado a atenção da comunicação social nos últimos dias, depois de ter quebrado o seu silêncio político e escrito uma longa mensagem na rede social Instagram, na qual tem 112 milhões de seguidores, em que garante que votará em candidatos democratas.
Desde segunda-feira, de acordo com a plataforma vote.org, os centros de recenseamento têm registado números recorde de inscrições, sobretudo em eleitores entre os 18 e os 29 anos. Dos 240 mil novos registos de outubro, em vésperas de fecho do recenseamento, 102 mil são posteriores ao apelo de Taylor Swift, segundo esta associação.
Camila Cabello e Cardi B também brilharam em Los Angeles
A outra grande vencedora da noite dos American Music Awards foi a cubano-americana Camila Cabello, que venceu nas categorias de nova artista do ano, melhor colaboração, melhor vídeo e melhor canção Pop/Rock (estas últimas três categorias para o tema “Havana”).
"Não posso acreditar que ganhei este”, disse a jovem cantora ao receber o prémio de nova artista do ano.
Cabello, que afirmou estar "sem palavras", agradeceu aos seus pais, presentes na cerimónia, e aos seus seguidores.
Por seu turno, a também latina Cardi B, uma das favoritas aos AMA com oito nomeações, ganhou três prémios: melhor artista de rap/Hip-Hop, melhor rap, por "Bodak Yellow” e melhor música de soul/R&B, por "Finesse" com Bruno Mars.
A rapper foi, além disso, uma das estrelas da noite com uma interpretação muito latina e espetacular de sua música "I Like It", com o colombiano J Balvin e o porto-riquenho Bad Bunny.
Pior sorte teve o canadiano Drake, que também tinha oito nomeações, mas acabou por sair da gala de mãos vazias.
A 46ª edição da AMAs, que teve Tracee Ellis Ross como mestre de cerimónias, começou com Taylor Swift interpretando ao vivo "I Did Something Bad".
Frente ao microfone, também desfilaram, além de Cardi B e Camila Cabello, outros artistas como Mariah Carey, Jennifer Lopez, Shawn Mendes, Twenty One Pilots, Dua Lipa, Ciara ou Carrie Underwood.
O grupo norte-americano Panic! At the Disco prestou homenagem à banda inglesa Queen, com a famosa música "Bohemian Rhapsody".
No entanto, o momento mais emocionante dos AMA foi o tributo à estrela da soul Aretha Franklin, que morreu em agosto, aos 76 anos, no qual se juntaram as vozes de cantoras como Gladys Knight, Ledisi e CeCe Winans.
As nomeações para os American Music Awards baseiam-se nas vendas recordes de álbuns e músicas digitais, transmissões de rádio e ‘streaming’ (transmissão ‘online’) medidos pela Billboard e os seus parceiros Nielsen Music e Next Big Sound.
Em contrapartida, os vencedores são escolhidos pelos fãs, com os seus votos.
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