Ana Rita Bessa, eleita pelo círculo de Lisboa na anterior e na atual legislatura, deixou algumas palavras de despedida, no final da sua intervenção num debate sobre educação.
“O que me tem vindo à memória nestes últimos tempos é de um livro muito importante para mim, que vou parafrasear: combati o bom combate, completei a tarefa e guardei a esperança. Reflete bem o estado de espírito em que me encontro agora”, afirmou, visivelmente emocionada.
A deputada realçou que “o bom combate não se faz sozinho” e agradeceu ao seu grupo parlamentar e aos deputados do CDS-PP que a acompanharam nos últimos seis anos, fazendo questão de deixar uma palavra especial ao ex-líder do CDS-PP Paulo Portas, “corresponsável” pela sua presença no parlamento.
“O que vos peço é que realizem este potencial de representação dos cidadãos”, apelou, sendo aplaudida de pé por grande parte dos deputados presentes na sala das várias bancadas.
Também o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, fez questão de saudar Ana Rita Bessa e lamentar a sua saída do parlamento.
“Quando se renuncia a um mandato de deputado é por razões muito fortes, imperativas, políticas ou pessoais. Sejam quais forem, a senhora deputada vai fazer muita falta aqui”, afirmou, elogiando a forma “profissional e qualificada” como Ana Rita Bessa participava nos debates parlamentares e a sua relação “muito cordata” com todos os deputados.
Na terça-feira, o líder parlamentar do CDS-PP, Telmo Correia, anunciou que Ana Rita Bessa seria substituída na Assembleia da República por Sebastião Bugalho.
No entanto, o comentador e ex-jornalista Sebastião Bugalho renunciou a substituir a deputada Ana Rita Bessa no grupo parlamentar do CDS-PP.
Numa nota enviada ao grupo parlamentar do CDS-PP, a que a Lusa teve hoje acesso, Sebastião Bugalho, que era o número seis na lista do CDS às eleições legislativas de 2019 pelo círculo de Lisboa, disse ter manifestado ao líder da bancada, Telmo Correia, a sua indisponibilidade para assumir o lugar de deputado.
Na nota, o ex-jornalista explicou que “as circunstâncias políticas (do CDS)” e as suas circunstâncias profissionais “não só não são as mesmas que existiam” quando foi convidado a integrar as listas do partido, como atualmente “não se aparentam conciliáveis entre si”.
O próximo na lista na lista do CDS por Lisboa às legislativas de 2019 é Diogo Moura, que nas eleições autárquicas de domingo foi eleito vereador para a Câmara de Lisboa pela coligação vencedora, liderada por Carlos Moedas.
A Lusa tentou contactar Diogo Moura, sem sucesso.
Esta é a terceira saída na bancada democrata-cristã desde o início da legislatura, em 2019, depois de a antiga líder do CDS-PP, Assunção Cristas, ter sido substituída por João Gonçalves Pereira, que, por sua vez, quando saiu cedeu o lugar a Pedro Morais Soares.
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