“Na segunda-feira demos conta ao professor Manuel Monteiro de que está novamente filiado no partido”, disse à Lusa Francisco Tavares.
Nesse dia, Manuel Monteiro, que estava afastado do partido há 22 anos, recebeu o cartão de militante das mãos do atual presidente, Francisco Rodrigues dos Santos.
Agora que está de novo filiado no CDS, e enquanto ex-líder, Manuel Monteiro tem lugar no Senado (órgão consultivo).
No final de outubro, a direção de Assunção Cristas optou por não decidir, até ao congresso de janeiro, a refiliação no CDS do ex-líder, que deixou o partido em 1998 para fundar a Nova Democracia (ND).
Após uma progressiva reaproximação aos centristas, desde que se afastou da Nova Democracia em 2009, Manuel Monteiro participou em várias iniciativas do seu antigo partido, a convite da Tendência Esperança em Movimento (TEM), no ano passado.
Em setembro, entregou a ficha de refiliação na concelhia da Póvoa de Varzim, distrito do Porto, que aprovou a sua inscrição.
Questionado sobre a demora na conclusão do processo, o secretário-geral do CDS afirmou que a “pandemia não permitiu que acontecesse mais cedo”.
“Agora, com o desconfinamento, e com a possibilidade de estarmos uns com os outros, houve oportunidade para estarmos com o professor Manuel Monteiro”, acrescentou.
Poucos dias depois de ter sido eleito presidente do CDS, no congresso que decorreu em Aveiro no final de janeiro, Francisco Rodrigues dos Santos afirmou que Manuel Monteiro "será naturalmente", militante do partido, até porque, de acordo com os estatutos, defendeu, ele "neste momento ele já é militante".
Antes de ser eleito, considerou que "um partido como o CDS tem que se reconciliar com todos aqueles que se sentem bem no CDS e que querem ajudar a reerguer o partido e a relançá-lo".
"Manuel Monteiro foi um presidente que marcou um período de tempo da história do CDS. Querendo estar de volta, não vejo porque razão o CDS não quererá contar com os seus contributos, que podem ser valiosos para credibilizar o partido junto da opinião pública", salientou, em entrevista à Lusa.
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