Em comunicado, Eduardo Paes negou “categoricamente ter recebido subornos para servir os interesses da Odebrecht”, defendendo que as acusações são “absurdas” e “mentirosas.
Aquele que foi prefeito do Rio de Janeiro entre 2009 e 2016 figura na lista de dezenas de personalidades políticas visadas pelos inquéritos, autorizados na terça-feira pelo juiz do Supremo Tribunal, abertos na sequência do escândalo de corrupção Petrobras.
O antigo autarca é acusado de ter recebido, em 2012, no momento em que estava em campanha para a sua reeleição na prefeitura do Rio, pelo menos 15 milhões de reais (cerca de sete milhões de euros no câmbio à época) para “facilitar contratos relativos aos Jogos Olímpicos”, segundo indica um documento do Supremo, citado pelos meios de comunicação brasileiros.
As acusações a Paes resultam da confissão de um antigo quadro do conglomerado brasileiro, Benedito Barbosa da Silva, que revelou que o ex-prefeito figura nas tabelas de contabilidade oculta da empresa com a alcunha de “nervosinho”. Cerca de um terço do suborno teria sido transferido para uma conta no estrangeiro.
No comunicado, Paes disse que nunca teve uma conta no estrangeiro e que todos os fundos recebidos para financiar a campanha da sua reeleição foram declarados à justiça eleitoral.
A Odebrecht participou na construção do Parque Olímpico, com outras duas empresas de construção. As obras custaram mais 600 milhões de euros.
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