António Costa falava aos jornalistas no Palácio de Belém, após o Presidente da República ter dado o seu assentimento à lista completa dos secretários de Estado do XXII Governo Constitucional, depois de questionado sobre a criação de uma Secretaria de Estado do Cinema, Audiovisual e Media.
De acordo com o líder do executivo, ao longo da legislatura que em breve terminará, verificou-se "a necessidade de um reforço de uma Secretaria de Estado que pudesse ocupar-se especificamente dessa área".
"É um fator relevante, sobretudo, tendo em conta a enorme transformação tecnológica associada à criação de novas plataformas e à existência de novas condições de concorrência no mercado. Há uma forte tensão entre os meios de comunicação tradicionais. Já não é só a imprensa escrita, mas também as televisões, tal como antes as concebíamos", defendeu.
Para António Costa, é importante fazer uma reflexão sobre as ações a tomar para garantir a existência de um setor do cinema, audiovisual e media em geral "dinâmico, vivo e forte, características essências para a sua independência".
"A independência deste setor é fundamental para a liberdade e para o pluralismo político, social e económico, mas também cultural", justificou.
Perante os jornalistas, António Costa referiu-se também à opção que tomou quando formou o Governo cessante, em novembro de 2015, no sentido de transferir para o Ministério da Cultura as competências relativas à comunicação social.
"A comunicação social tem um papel fundamental relativamente a dois eixos da política cultural: A língua, que é um dos dois nossos grandes patrimónios e que tem de ser muito valorizada; e a interceção cada vez maior entre a atividade dos media e a criação cultural", acrescentou.
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