A descarga começou às 10:18 (02:18 em Portugal), disse um porta-voz da Tokyo Electric Power (Tepco), operadora da central nuclear de Fukushima.
A Tepco tinha anunciado há uma semana a conclusão das inspeções à primeira fase de descarga, que arrancou em 24 de agosto.
Esta água esteve armazenada durante muito tempo em tanques na central e foi tratada para retirar substâncias radioativas, com exceção do trítio, que só é perigoso em doses concentradas muito elevadas, segundo especialistas.
A Tepco dilui depois a água com água do mar antes de a libertar no oceano, para garantir que o nível de radioatividade não excede os limites.
A descarga no mar foi aprovada pela Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), mas o projeto provocou uma crise diplomática entre o Japão e a China, que suspendeu todas as importações de produtos do mar nipónicos no final de agosto.
A Rússia, com relações tensas com o Japão, está a considerar fazer o mesmo.
Na segunda-feira, a Coreia do Norte criticou a AIEA devido ao despejo de água tratada da central nuclear de Fukushima e à adoção de uma resolução em resposta ao programa de armas nucleares de Pyongyang.
“Tal como na primeira descarga, continuaremos a monitorizar os níveis de trítio. Continuaremos a informar o público de uma forma clara e compreensível, com base em provas científicas”, declarou aos jornalistas na semana passada Akira Ono, porta-voz da Tepco.
Apesar das medidas comerciais de Pequim, os barcos chineses continuam a pescar ao largo do Japão nas mesmas zonas que os navios japoneses, segundo o diário nipónico Asahi.
O embaixador dos Estados Unidos no Japão, Rahm Emanuel, publicou há duas semanas fotografias na rede social X (antigo Twitter), que, segundo o diplomata, mostram barcos de pesca chineses ao largo do Japão no dia 15 de setembro.
Cerca de 7.800 metros cúbicos de água com trítio terão sido descarregados durante a primeira fase de 17 dias. No final de agosto, a Tepco declarou que estava a planear três outras operações semelhantes até ao final de março de 2024.
No total, Tóquio planeia libertar mais de 1,3 milhões de metros cúbicos de água de Fukushima no Oceano Pacífico – o equivalente a 540 piscinas olímpicas – de forma gradual, até ao início da década de 2050, de acordo com o calendário atual.
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