O documento, apreciado na reunião plenária da AML, realizada por videoconferência, mereceu ainda a abstenção de PCP e BE e os votos favoráveis do PSD, CDS-PP, PEV, MPT, PPM e de dois deputados municipais independentes.
Atendendo ao facto de que “as pessoas sentem a necessidade de recorrer mais ao transporte individual para se protegerem a si e às suas famílias de possíveis correntes de contágio” e que as deslocações dos cidadãos estão mais limitadas, o PSD solicitou à autarquia, liderada pelo PS, “a suspensão temporária da aplicação das tarifas no âmbito do Regulamento Geral de Estacionamento e Paragem na Via Pública do Município de Lisboa”.
Na ótica do partido, “professores, profissionais de saúde, elementos das forças de segurança e outros profissionais declarados como essenciais terão de manter as suas deslocações casa/trabalho, devendo ter a oportunidade de se resguardarem de potencial contágio nessas deslocações”.
Ainda assim, referia a recomendação dos sociais-democratas, a Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa - EMEL deveria “continuar a fiscalizar o estacionamento para assegurar que não existe estacionamento abusivo ou que perigue a segurança rodoviária e/ou pedonal”.
Em outubro, o CDS-PP na AML também pediu, durante o debate sobre o estado da cidade, que a cobrança de estacionamento na via pública voltasse a ser suspensa, proposta que não mereceu qualquer comentário por parte do presidente da câmara, Fernando Medina.
A cobrança do estacionamento na via pública pela EMEL foi suspensa em Lisboa, devido à pandemia de covid-19, em 16 de março e retomada em 11 de maio.
Os veículos de residentes com dístico válido (e a todos a quem já tinha sido garantido acesso) puderam continuar a estacionar gratuitamente nos parques de estacionamento da EMEL até 30 de junho.
A única medida que ainda continua em vigor, até dezembro, é a gratuitidade de estacionamento para as equipas de saúde das unidades do Serviço Nacional de Saúde “mais diretamente envolvidas no combate à pandemia”.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.263.890 mortos em mais de 50,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 3.021 pessoas dos 187.237 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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