Considerando que não dar à GNR o estatuto de profissão de risco é “uma visão terceiro-mundista e desumanizada” das funções dos profissionais da Guarda Nacional Republicana, a associação lembra que “todas as valências da Guarda implicam risco de vida”.
Num comunicado hoje divulgado, a Associação dos Profissionais da Guarda (APG) pede “respeito pelos profissionais da GNR” e questiona a falta de classificação da profissão como sendo de risco.
“Quantas vidas mais é que se têm de perder para que o Governo aja, demonstre respeito pelos profissionais da GNR e considere a nossa profissão como sendo de risco?”, pergunta a associação, lembrando que essa classificação é “genericamente assumida em todos os países desenvolvidos”.
Um incêndio rural, numa área de pasto, deflagrou na segunda-feira à tarde, no Monte do Canhão, concelho de Mourão, mobilizando 74 operacionais, 25 viaturas e cinco meios aéreos.
Cinco elementos do Grupo de Intervenção Proteção e Socorro (GIPS) da GNR sofreram queimaduras no combate às chamas.
Dos cinco feridos, com idades entre os 30 e 39 anos, três sofreram queimaduras consideradas graves, enquanto os outros dois foram assistidos no local e não necessitaram de mais cuidados.
O caso levou o ministro da Administração Interna a ordenar a abertura de um inquérito para apurar as circunstâncias.
“A APG/GNR apresenta a sua solidariedade a estes profissionais e respetivas famílias, disponibilizando, desde já, o necessário apoio dentro dos serviços que tem disponíveis”, adianta a associação, reiterando “a necessidade de que, com celeridade, a própria instituição preste todo o apoio aos guardas feridos e às suas famílias nos tratamentos e acompanhamento que sejam necessários”.
A associação pede ainda à GNR que se abstenha de sujeitar estes profissionais a “burocráticos processos para que provem que se tratou de um acidente em serviço”.
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