Em entrevista telefónica à Lusa, o membro fundador e diretor executivo da Variações, Diogo Vieira da Silva, diz que pretende começar a trabalhar ainda este ano com a TPNP com o objetivo de, em parceria, criaram “uma rede” ou “um roteiro” direcionado para o público LGBTI.
Questionado pela Lusa sobre a possível criação de um roteiro turístico destinado ao público LGBTI com a associação Variações, o presidente da TPNP, Luís Pedro Martins, afirmou que “não fecha a porta a nenhuma iniciativa que se relacione com o setor do turismo” e que, "antes pelo contrário", a TPNP está "disponível para ouvir novas ideias”.
“É um nicho de mercado com enorme potencial”, acrescentou Luís Pedro Martins.
Segundo o diretor da Variações, a rede turística teria de incluir “restaurantes, bares, discotecas, espaços de lazer e agências de viagem”.
A associação Variações, cujo nome se inspirou no artista português António Variações, conta atualmente com “mais de 50 associados de Norte e Sul do país”, com “negócios de todas as áreas”, desde unidades hoteleiras, a estabelecimentos comerciais como bares e discotecas, bem como guias turísticos, artistas, empresas digitais e de ‘design’.
Segundo a Variações, os turistas LGBTI que visitam Portugal dão cerca de “dois milhões de euros de receitas ao setor turístico do país”.
Para promover Portugal nos eventos LGBTI internacionais, a associação disse hoje à Lusa que vai avançar em julho com a campanha “Proudly Portugal” (Orgulhosamente Portugal), com o apoio do Turismo de Portugal.
O objetivo é estruturar e organizar a oferta nacional, mas também ser uma "alavanca para a candidatura de Portugal ao Europride 2022", cujo vencedor se vai conhecer dia 21 de setembro, acrescentou Diogo Vieira da Silva.
As candidaturas para o Europride 2022 estão abertas e os candidatos são Portugal, com as cidades de Lisboa e Porto, bem como Barcelona e Maspalomas (Espanha), Dublin (Irlanda) e Belgrado (Sérvia).
Em 11 de janeiro de 2018, no discurso que fez na apresentação oficial da Variações, a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, referiu que Portugal não podia ficar de fora das estatísticas mundiais que indicavam que havia "36 milhões de turistas LGBTI por ano no mundo que são fiéis e repetentes" e que os destinos que promovem os direitos LGBTI são destinos que "defendem os direitos humanos".
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