“Uma boa dúzia de ataques” atingiu a central, segundo Grossi, que, sem atribuir responsabilidade às forças russas ou ucranianas, ficou indignado por haver quem considere uma central nuclear “um alvo militar legítimo”, afirmou numa entrevista ao canal de televisão francês BFMTV.
“Seja quem for, pare com essa loucura”, exortou Rafael Grossi, que insistiu: “Quem faz isto sabe perfeitamente o que pretende atingir. É absolutamente deliberado e direcionado”.
A Rússia e a Ucrânia trocaram acusações sobre a autoria dos ataques.
“A central está na linha de frente, há atividades militares que são muito difíceis de identificar, há pessoal russo e ucraniano em operação”, disse Grossi.
A AIEA, que tem dois inspetores na central, vai efetuar uma avaliação dos danos provocados pelos ataques.
“Houve danos em zonas bastante sensíveis”, acrescentou Grossi, especificando que os reatores não foram afetados, mas sim a zona onde se encontram os combustíveis frescos e usados”.
Grossi disse esperar poder apresentar segunda-feira de manhã o balanço, e acrescentou que os inspetores não puderam sair hoje porque a situação é muito instável.
A Rússia, que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, ocupa militarmente o território da central e o Presidente russo, Vladimir Putin, reivindicou a sua anexação, bem como a de quatro regiões ucranianas.
Ao longo dos últimos meses, Moscovo e Kiev têm trocado acusações sobre ataques em Zaporíjia.
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