A ministra da Saúde, Marta Temido, referiu em conferência de imprensa ao final da tarde que, até às 18h, 16.701 profissionais de saúde já foram vacinados.
Segundo a ministra, este é "um número que ultrapassa as doses que chegaram no dia 26, mas que reflete já também aquilo que foram as doses que chegaram ontem e que começaram a ser hoje administradas".
Marta Temido explicou ainda que, no que diz respeito à vacinação em estruturas residenciais para idosos e similares, esta vai ser iniciada na semana que vem.
Nos lares, a vacinação vai começar nos concelhos "com mais incidência de covid-19". "De acordo com o critério do risco, temos 25 concelhos com risco extremo", apontou, referindo que, destes, 11 concelhos são no Norte, 5 no Centro, 1 em Lisboa e Vale do Tejo e 8 na região do Alentejo.
A ministra da Saúde adiantou ainda que existem cerca de 150 estruturas residenciais para idosos e unidades de cuidados continuados integrados nestes locais.
Na semana seguinte, a partir de 11 de janeiro, a vacinação avança para os lares de idosos dos restantes concelhos.
Questionada sobre reações adversas à vacina, Marta Temido disse que não foram registadas "reações graves" até agora. "Estando a falar de um universo de profissionais de saúde, as pessoas sabem como proceder [caso tal aconteça]. Mas quando avançarmos para a população mais geral a indicação poderá ser a do contacto com o SNS24 ou o contacto com a unidade onde foi registada a toma da vacina", frisou.
Sobre o desentendimento de ontem entre a GNR e a PSP em Évora, quanto ao transporte das vacinas, a ministra da Saúde referiu que "os incidentes se ultrapassam" e que "ajudam a clarificar os processos para o futuro e a melhorar".
Neste sentido de melhorar processos, Marta Temido adiantou o Ministério da Saúde vai realizar amanhã uma "reunião informal" com os cinco hospitais que iniciaram a vacinação no domingo, "para perceber as coisas que correram melhor e as que correram menos bem".
No que diz respeito aos 140 profissionais de saúde do Hospital de Viseu que não querem tomar a vacina, a ministra referiu que "é preciso perceber porquê que esses profissionais optaram por não se vacinar neste momento". A título de exemplo, Marta Temido explicou que algumas pessoas tomam essa decisão "por estarem a iniciar um processo de gravidez" ou que "por circunstâncias pessoais entendem que este não é o melhor momento", reforçando que a vacina "é voluntária e facultativa".
"Se as pessoas entendem que precisam de mais informação e que precisam de outro tempo, naturalmente aguardaremos por elas", garantiu.
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