O xeque David Munir falava à agência Lusa a propósito do recente atentado na cidade de Manchester, Reino Unido, reivindicado pelos extremistas do Estado Islâmico.
“A minha religião não ensina isso. A minha religião ensina a conviver com os outros, a respeitar os outros”, disse.
Segundo o imã da Mesquita de Lisboa, o Islão condena todos os atos de violência cometidos em nome da religião e os líderes religiosos têm de aumentar o tom na condenação a estes atos, torná-los mais visíveis para que as pessoas “não tenham medo do medo”.
“Um terrorista não tem religião, não tem pátria, não é humano, é um louco, é uma pessoa desequilibrada e antes que outro desequilibrado faça o mesmo que o anterior nós temos um papel importante para que não se viva no medo”, adiantou.
Pelo menos 22 pessoas morreram e 59 ficaram feridas numa explosão na Arena de Manchester, no norte da Inglaterra, na segunda-feira, no final de um concerto da cantora Ariana Grande, segundo o balanço mais recente da polícia.
O comandante da polícia de Manchester, Ian Hopkins, disse que as autoridades suspeitam que o responsável foi um homem apenas, que morreu na explosão e que “transportava um engenho explosivo improvisado, que detonou, causando esta atrocidade”.
As autoridades britânicas, que estão a tratar este caso como um "incidente de terrorismo”, já anunciaram a detenção de um homem de 23 anos alegadamente relacionado com o atentado.
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