Convocada por um grupo de ativistas pelos direitos dos animais, a manifestação visou alertar para o facto de, “passado um ano, as donas dos dois abrigos ilegais na serra da Agrela onde morreram os cães e gatos ainda não terem sido constituídas arguidas”, referiu à Lusa Dulce Moreira, uma das dinamizadoras da marcha.
Em 18 de julho de 2020, 73 animais (69 cães e quatro gatos) morreram nos abrigos ilegais “Cantinho das Quatro Aptas” e “Abrigo de Paredes”, vítimas do incêndio que tinha começado na véspera no concelho de Valongo.
Do sucedido resultaram várias queixas em tribunal, mais tarde concentradas num processo-crime a correr termos no Tribunal de Santo Tirso, distrito do Porto.
Invocando a lei que penaliza maus-tratos a animais e que prevê “dois anos de prisão” para quem o fizer, Dulce Moreira insistiu em que “seja feita justiça” e lamentou a “lentidão” do processo.
“As senhoras dos dois abrigos ficaram conhecidas pelo incêndio que matou todos aqueles animais, mas não é só isso, verificaram-se anos de maus-tratos a animais na serra da Agrela e ambas terão de ser impedidas de poder voltar a ficar com animais”, reivindicou a ativista.
Dulce Moreira acrescentou, sobre os animais que sobreviveram ao incêndio, que “muitos deles ficaram extremamente traumatizados” e que, devido a isso, nenhuma das donas “tem competência para continuar a lidar com animais”.
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