“Esperamos que o fabrico de mísseis comece na Austrália nos próximos dois anos, como parte de uma base industrial coletiva entre os nossos dois países”, disse o ministro da Defesa australiano, Richard Marles, aos jornalistas.
“Estamos muito satisfeitos com os passos que estamos a dar para estabelecer um negócio de armas guiadas e engenhos explosivos neste país”, acrescentou.
No âmbito do projeto, a Austrália vai desenvolver sistemas de foguetes guiados de lançamento múltiplo (GMLRS).
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, deslocaram-se a Brisbane para o anúncio, na sequência de conversações com Marles e a ministra dos Negócios Estrangeiros australiana, Penny Wong.
Washington vai agora trabalhar com a Austrália para desenvolver a incipiente indústria de mísseis e garantir uma cadeia de abastecimento fiável para as forças armadas norte-americanas no futuro.
A guerra na Ucrânia colocou uma pressão sobre as cadeias de abastecimento militar nos EUA, reduzindo gradualmente os stocks de mísseis e outras munições.
A Austrália está atualmente a reformular as forças armadas, avançando para capacidades de ataque de longo alcance para manter à distância potenciais inimigos como a China.
Camberra também concordou em renovar as bases militares no norte do país, estrategicamente importante, para que possam acolher exercícios de treino e permitir o aumento das rotações de tropas norte-americanas.
“Fizemos progressos significativos no que diz respeito às iniciativas dos EUA em matéria de postura de forças”, afirmou Marles.
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