“A redução de IMI para jovens até 35 anos pelo período de três anos adicionais aos três anos do regime geral. (…) Nós pretendemos alargar a mais três anos e, no caso de jovens com filhos, a isenção será alargada a cinco anos, (…) mais uma vez naquela ideia de reduzir os custos de contexto de quem cá vive”, anunciou durante a apresentação do seu manifesto eleitoral, que propõe um total de 229 medidas, subdivididas em seis eixos estratégicos: Cultura e Património (1); Economia, Pessoas e Inovação (2); Ambiente, Energia e Qualidade de Vida (3); Urbanismo e Habitação (4); Coesão Social (5) e Mobilidade (6).
O programa eleitoral foi apresentado pelo ex-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Freire de Sousa, que coordenou a elaboração do documento estratégico, e pelo atual presidente da câmara e candidato Rui Moreira, que destacou que o documento estratégico apresentado “não diverge muito” do que foi pensado há oito anos.
“Nós, há oito anos, escolhemos três eixos fundamentais. Dizíamos nós que a cultura era fundamental num triângulo virtuoso com a economia, a criação de emprego e a coesão social. Aquilo que depois juntamos aqui foi a sustentabilidade, que não é apenas a sustentabilidade ambiental, vai muito para além disso, é a sustentabilidade social”, disse.
Para o autarca, a descarbonização já não é “uma opção política”, podendo apenas o poder autárquico decidir sobre o ritmo e a forma como vai ser feita e que terá um impacto determinante na economia das cidades, nomeadamente no Porto que tem um fenómeno de “envelhecimento muito preocupante” e muitas pessoas a viver no limiar da pobreza.
Moreira, que tem vindo a afirmar como uma das suas bandeiras o reforço da qualidade de vida dos portuenses, deixou como compromisso a manutenção da tarifa da água “como uma das mais baixas da região”, salientando, que, em conjunto com outras medidas, este investimento permitirá “meter dinheiro no bolso dos portuenses ou, pelo menos, não lhe tirar dinheiro”.
“Se de facto as famílias gastarem menos dinheiro, com os transportes, com a água, se gastarem menos dinheiro com a educação, aquilo que sobra para as famílias é mais”, declarou.
Entre as medidas, Moreira anunciou ainda a intenção de pôr em prática “uma discriminação positiva” no regime de rendas controladas para os jovens que se queiram instalar em determinadas zonas do concelho.
Elencando um conjunto de obras que pretende ver concluídas se reeleito, o autarca reiterou o compromisso de manter a aposta em áreas como a cultura, onde a abertura do Batalha e o projeto de requalificação e ampliação a Biblioteca Municipal têm maior expressão; ou a economia, nomeadamente garantindo a captação de fundos, onde se insere o Plano de Recuperação e Resiliência.
Numa intervenção que antecedeu a do atual presidente da Câmara do Porto, Freire de Sousa descreveu a missão dos próximos quatro anos como a de uma "tranquila revolução" na prossecução de uma cidade organizada, atrativa e qualificada.
São candidatos à presidência da Câmara do Porto, nas eleições de 26 de setembro, Rui Moreira (movimento independente “Rui Moreira: Aqui há Porto” – apoiado por IL, CDS, Nós Cidadãos, MAIS -, Tiago Barbosa Ribeiro (PS), Vladimiro feliz (PSD), Ilda Figueiredo (CDU), Sérgio Aires (BE), Bebiana Cunha (PAN), António Fonseca (Chega), Diogo Araújo Dantas (PPM), André Eira (Volt Portugal), Bruno Rebelo (Ergue-te) e Diamantino Raposinho (Livre).
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