"O projeto do Metrobus do Sistema de Mobilidade do Mondego entrará em serviço no final de 2021", disse fonte oficial da IP, numa resposta escrita enviada à agência Lusa.
A mesma fonte adiantou que o projeto do ‘Metrobus' "mantém as mesmas características de traçado do previsto no metropolitano de superfície, pressupondo a desativação do canal ferroviário entre [as estações] de Coimbra-A e Coimbra B e garantindo a ligação direta das várias centralidades da cidade à Linha do Norte".
De acordo com a Infraestruturas de Portugal, a desativação daquele ramal ferroviário de ligação entre a linha do Norte e a estação localizada na baixa da cidade está "prevista para o último trimestre de 2020" (daqui por dois anos, um ano antes da entrada ao serviço do sistema ‘Metrobus') e será feita "em articulação com a CP e com a Câmara Municipal de Coimbra".
"Até lá, a estação de Coimbra-A e a sua ligação a Coimbra-B continuarão a funcionar como habitualmente", adiantou a IP.
O Governo anunciou, em junho de 2017, que o metropolitano de superfície previsto há mais de 20 anos seria substituído por um sistema de autocarros elétricos do tipo ‘metrobus'.
Já este ano, no dia 2 de julho, em Penacova, distrito de Coimbra, na presença do primeiro-ministro, António Costa, o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, informou que o primeiro concurso público do denominado Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), no Ramal da Lousã e em Coimbra, será lançado no início de 2019.
O processo do Sistema de Mobilidade do Mondego arrasta-se há mais de duas décadas, com a criação da Metro Mondego, uma sociedade liderada pelo Estado e integrada também pelos municípios de Coimbra, Lousã e de Miranda do Corvo e pela Infraestruturas de Portugal (que substituiu a REFER na composição acionista da empresa de capitais exclusivamente públicos).
O projeto de metro ligeiro para o Ramal da Lousã (ferrovia que servia os municípios de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo, que foi desativada em 2010 e cujos carris foram removidos), foi anunciado em 1994, mas, entretanto, abandonado, tendo o atual Governo decidido avançar com o sistema de ‘metrobus'.
O projeto de mobilidade para o Ramal da Lousã e para a cidade de Coimbra com que o Governo de António Costa se comprometeu junto das autarquias, deverá custar 89,3 milhões de euros, disse à Lusa, em 2017, uma fonte governamental.
O investimento de 89,3 milhões de euros no denominado "sistema metrobus", a candidatar a fundos europeus, inclui a infraestrutura e um total de 43 autocarros elétricos, sendo 30 de 55 lugares sentados, para o troço suburbano da rede, entre Serpins e Coimbra, e 13 articulados de 130 lugares sentados e em pé, para a área urbana da capital do distrito.
O Ramal da Lousã foi encerrado há oito anos para obras que visavam a instalação de um sistema de metro. Iniciadas pelo último Governo de José Sócrates, as empreitadas foram depois suspensas por razões financeiras, passando os utentes do serviço público ferroviário a ser transportados de autocarro.
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