“Temos como objetivos fundamentais promover o diálogo e a visibilidade das temáticas LGBTIQIA+ e colocar na agenda pública as questões que continuam a preocupar a comunidade, desde da discriminação ao ‘bullying’ escolar, dos crimes de ódio à defesa dos direitos sociais”, afirmou Joana Moreira, da organização.
A ativista falava na apresentação pública do Azores Pride 2023, que decorreu no Espaço Vaga, localizado na zona da Calheta, em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, nos Açores.
Joana Moreira, enfermeira e psicóloga, que pertence ao centro de apoio à população LGBTI (A)MAR, explicou que o evento pretende “unir a comunidade”, permitindo à “região assumir-se como um lugar seguro”.
Segundo disse, o objetivo passa por “criar lugares seguros no arquipélago, mapeando espaços públicos que promovam a diversidade e a inclusão”.
“O Azores Pride 2023 assume-se como um evento da cidade e posiciona Ponta Delgada na lista de cidades mundiais que condenam a discriminação e celebram a diversidade das suas comunidades”, afirmou.
A comissão organizadora do evento é constituída pelas associações As Cores dos Açores, Rede Ex Aequo, Anda&Fala – Associação Cultural, Associação Planeamento Familiar, (A)MAR – Açores Pela Diversidade, Umar Açores, Amnistia Internacional São Miguel, Atelineiras e Azores LGBT.
Da programação do evento consta uma marcha do orgulho LGBTIQIA+, marcada para 15 de julho, com início às 17:00 no jardim Padre Sena Freitas e final na rua do Aljube, no centro de Ponta Delgada.
A vereadora da Câmara de Ponta Delgada (PSD), Cristina Canto Tavares, destacou que o executivo camarário encara o evento “não como uma bandeira política”, mas como “forma de olhar o outro como um igual”.
“Mais do que o protocolo financeiro, nós estamos presentes pelos valores que nos definem que são os valores do humanismo, da igualdade e dos direitos humanos”, assinalou.
A vereadora com o pelouro da Inclusão Social realçou que o evento “não é apenas uma parada”, sendo antes um “conjunto de atividades” que “apelam à presença das famílias”.
“Gostaria que um dia estas causas deixassem de ser prioritárias. Significaria que a sociedade tinha avançado para um patamar de maior humanismo e de menor discriminação”, assinalou.
O evento vai arrancar a 10 de julho, às 19:00, com uma performance no jardim Mártires da Pátria, seguindo-se, a 11 de julho, uma “Conversa Gerações Queer” no espaço Cagarra, às 21:00.
A 12 de julho vai ser exibido no Estúdio 13 o filme Corpolitíca, de Pedro Henrique França, e no dia seguinte vai acontecer um jantar com a atuação de Odete Vaga.
Para 14 de julho está marcada uma oficina de cartazes e para 15 daquele mês, dia da marcha do orgulho LGBTIQIA+, vai acontecer um arraial na rua do Aljube.
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