Em comunicado, o diretor da operadora do aeroporto Angkasa Pura, Yanus Suprayogi, informou que “devido às cinzas vulcânicas” a infraestrutura manter-se-á sem operações até à manhã de quinta-feira.
Nos primeiros dois dias de encerramento foram cancelados no aeroporto internacional Ngurah Rai quase 900 voos — 445 na segunda e 443 na terça –, a somar a 31 ligações aéreas anuladas no aeroporto da ilha de Lombok, a leste da ilha de Bali, que afetaram mais de 100 mil passageiros.
Numa outra nota, a Angkasa Pura informou que pelo menos 1.297 turistas partiram já do aeroporto Ngurah Rai ou do terminal de autocarros Mengwi com destino a Surabaya, na ilha de Java.
No aeroporto de Surabaya, os bilhetes de avião com destino à capital indonésia, Jacarta, encontram-se esgotados até dezembro, pelo que centenas de passageiros procuram rotas alternativas para regressar a casa, indicaram vários turistas à agência de notícias espanhola Efe.
O diretor de informação da Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNBP, em indonésio), Sutopo Purwo Nugroho, indicou, através das redes sociais, que a nuvem de cinza atingiu uma altitude de 25.000 pés (7.600 metros) sobre o nível do mar.
Pelo menos 22 aldeias próximas ao vulcão foram afetadas pela cinza que se move na direção sudoeste.
O Centro de Vulcanologia e Mitigação de Perigos Geológicos elevou, na segunda-feira, para o máximo o nível de alerta de erupção, alargou o perímetro de segurança até um raio de dez quilómetros em torno da cratera e advertiu para o risco de uma erupção maior.
As autoridades indonésias ordenaram a retirada de aproximadamente 100 mil pessoas que habitam na zona de perigo, das quais quase 40 mil registaram-se já nos abrigos localizados em vários pontos da ilha turística, apesar de haver residentes que recusam abandonar as suas casas.
A última grande erupção do vulcão Agung, que ocorreu em 1963 e prolongou-se por quase um ano, causou mais de 1.100 mortos.
Bali figura como o principal destino turístico da Indonésia, com una afluência anual na ordem dos 5,4 milhões de visitantes estrangeiros, segundo dados oficiais.
O arquipélago da Indonésia situa-se no chamado “Anel de Fogo” do Pacífico, uma zona de grande atividade sísmica e vulcânica que regista milhares de sismos por ano, a maioria moderados.
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