Em declarações à Lusa após uma reunião no Ministério da Administração Interna, o presidente da LBP mostrou-se satisfeito com a posição da tutela, estando agora prevista uma série de reuniões técnicas para discutir ponto a ponto o caderno reivindicativo.
“A reunião no Ministério da Administração Interna, com a senhora ministra e os secretários de Estado, foi a oportunidade que os bombeiros tiveram para apresentar um conjunto de preocupações que tem a ver com a insuficiência financeira das nossas associações humanitárias, com a questão da carreira para os nossos bombeiros, com contratos de trabalho, com a questão do estatuto social do bombeiro e do dirigente associativo e também a inexistência de um comando nacional de bombeiros”, explicou o dirigente da LBP.
Quanto ao dispositivo de combate aos incêndios rurais, esse tema será tratado com o secretário de Estado da Proteção Civil, afirmou António Nunes.
“Algumas das propostas que nós temos têm reflexos orçamentais e que naturalmente serão objeto de uma maior acuidade aquando da realização de reuniões preparatórias para o orçamento do Estado para o próximo ano”, explicou o dirigente.
Só nesse contexto “poderemos ver consignadas verbas” ou mesmo “alterações no que diz respeito ao IRS, IRC ou TSU que têm a ver com apoios às empresas e aos bombeiros”
Esses assuntos “não podem ser resolvidos no imediato”, admitiu António Nunes, afirmando que “a Liga sempre esteve na vanguarda da defesa dos bombeiros porque não é uma organização só patronal” e “representa as associações e os corpos de bombeiros”.
O responsável sustentou que, nos corpos de bombeiros voluntários, o primeiro responsável pelos bombeiros é o comandante.
“Nós só podemos ter corpos de bombeiros ativos e com capacidade operacional para se poder envolver na defesa das suas populações” se “tiverem os meios necessários e suficientes para a sua missão”, o que inclui também o financiamento dos salários, com “um estatuto condigno e uma carreira”, disse.
Na moção estratégica global da atual direção da LBP está a “defesa de uma tabela salarial de uma carreira remuneratória para os bombeiros”, recordou António Nunes, salientando que essa é uma promessa do Governo que data de 2007.
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