As corporações assinaram no final de abril um protocolo com a Infraestruturas de Portugal (IP) e a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), com vista à criação das equipas de proteção e socorro que estarão em permanência no túnel a assegurar serviços de prevenção, primeira intervenção e socorro.
Esta medida foi uma das consequências do inquérito realizado ao incêndio num autocarro, no interior do Túnel do Marão, que lançou um alerta sobre questões de segurança e socorro dentro deste que é o maior túnel rodoviário da Península Ibérica, com quase seis quilómetros e que está incluído no Autoestrada 4 (A4), entre Amarante e Vila Real.
A corporação de Amarante é a primeira a assumir a vigilância, a partir das 08:00 de quinta-feira, sendo depois substituída pela Cruz Branca às 16:00.
Os turnos de oito horas serão assumidos de forma alternada pelas duas corporações que estão na primeira linha de intervenção ao Túnel do Marão.
Em permanência ficam três elementos no edifício técnico número um, localizado junto à entrada do lado de Amarante, onde ficará também estacionada uma viatura das corporações, que será usada enquanto a Infraestruturas de Portugal não adquirir um veículo, conforme está protocolado.
As equipas dos bombeiros são constituídas por um total de 16 bombeiros, oito de cada corporação.
O protocolo, homologado pelos secretários de Estado das Infraestruturas e da Proteção Civil, vigora pelo período de oito meses, findo o qual será efetuada uma avaliação sobre a sua aplicação, podendo, depois, ser renovado.
De acordo com o protocolo, os bombeiros terão acesso ao serviço de voz direto entre a sala de emergência e o centro de controlo de tráfego da IP, com gravação das comunicações, bem como à visualização das imagens no túnel.
Depois das equipas de bombeiros estarem em funções, será realizado um simulacro de incêndio dentro da infraestrutura, prevendo-se que ocorra ainda durante o mês de junho.
Este simulacro já era reivindicado pelos bombeiros antes mesmo da abertura ao tráfego do Túnel do Marão, a 08 de maio de 2016.
Em sequência do inquérito ao incêndio no autocarro, que ocorreu em junho de 2017, os secretários de Estado das Infraestruturas e o da Administração Interna ordenaram a elaboração do plano de Prevenção e a revisão dos planos de Emergência Interna e Prévio de Intervenção do Túnel do Marão, para melhorar a resposta às ocorrências.
Entretanto, depois do autocarro já se se registaram mais dois incêndios em viaturas dentro da infraestrutura. Em todos os casos não se registaram vítimas, contudo, o túnel ficou fechado ao trânsito por diferentes períodos de tempo.
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