De acordo com um boletim epidemiológico divulgado hoje pelo Ministério da Saúde, o número de casos prováveis é de 6.500.835 em pouco mais de seis meses.
Estão a ser investigadas mais 1.985 mortes, pelo que o número de mortos poderá ser muito superior. Até agora, o número recorde de casos foi registado em 2015, com 1,6 milhões, enquanto o ano com mais mortes foi 2023, quando morreram 1.094 pessoas.
O Brasil, tal como toda a América Latina, sofreu este ano a pior epidemia de dengue da sua história, o que tem sido atribuído às perturbações climáticas provocadas pelo fenómeno El Niño, que fez subir as temperaturas e aumentou as chuvas em quase todas as regiões do país.
Ainda assim, a taxa de incidência baixou consideravelmente nos últimos meses, com a chegada do inverno e da seca em algumas regiões do país.
De acordo com o Ministério da Saúde, a taxa de incidência da dengue no Brasil é de 3.201,4 casos para 100 mil habitantes.
Um estudo, publicado na revista Nature Communications e que envolveu cientistas do Canadá, Reino Unido, Austrália, Estados Unidos, Brasil e México, prevê que, em 2039, 97% dos municípios do Brasil serão afetados pela dengue, enquanto no México essa percentagem será de 81%.
No Brasil, a maior parte das áreas invadidas nos próximos anos será no sul.
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