Na nota publicada hoje no sítio oficial do município na Internet, o autarca adiantou ter colocado os meios da autarquia à disposição da fundação que gere o templo e defendeu a necessidade de ser lançado um apelo unânime e contundente à responsabilidade civil.
"Quando se atenta contra o património atenta-se contra uma cidade inteira", sublinhou, destacando que Santiago de Compostela é Património da Humanidade e que "qualquer reivindicação tem de respeitar o património".
Segundo a nota da Câmara de Santiago de Compostela, hoje de manhã foram contabilizadas cinco pinturas em diferentes pontos da cidade, sendo que as "mais sensíveis" foram efetuadas nas escadas da catedral e no Arco de Xelmírez.
"Especialistas em conservação analisaram as pinturas, para determinar o melhor método de proceder à limpeza do património. A polícia está a investigar o caso", afirmou o município galego.
A fachada da Catedral de Santiago de Compostela, na Galiza, foi vandalizada na madrugada de hoje com frases obscenas, como confirmou à Lusa fonte da fundação que gere aquele espaço.
A mesma fonte adiantou que o caso foi reportado à câmara local, estimando que os trabalhos de limpeza tenham início ainda hoje ou na quarta-feira.
Na fachada da catedral, situada na praça do Obradoiro, foi pintada uma frase bíblica com palavrões e no, Arco de Palácio, como é conhecido localmente, foram pintadas palavras de ordem, de carater político: "Guilhotina Borbón", "Gritaremos até ficarmos sem Vox" e "Não nos pararão".
Trata-se do segundo caso de vandalismo em sete meses. Em agosto de 2018, uma estátua do século XII, situada na porta principal, foi vandalizada com uma pintura em ‘graffiti' de cor azul, que retratava a maquilhagem do grupo norte-americano Kiss, sendo que o nome da banda foi também inscrito na estátua.
Na altura, fonte da fundação da Catedral de Santiago explicou que "a catedral está a ser alvo de obras de restauro desde 2013 e até finais de 2020, num investimento de 18 milhões de euros, financiado pela fundação e pelo governo espanhol".
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