As autoridades alemãs apontam para que se trate de um atentado aquilo que primeiro classificaram como um "incidente grave". Um camião irrompeu esta segunda-feira por um mercado de Natal e abalroou as pessoas que ali se encontravam.
As operações no local já terminaram. A polícia de Berlim, na sua conta de Twitter, confirma 12 vítimas mortais e 48 feridos levados para os hospitais da cidade.
A polícia alemã confirmou a detenção do condutor do camião e a morte de um segundo suspeito. O co-piloto terá morrido na sequência do abalroamento do mercado.
A polícia pediu que os berlinenses ficassem em casa e não difundissem rumores.
No Twitter, a polícia de Berlim pediu para que não fossem partilhados vídeos da Breitscheidplatz, de forma a respeitar a privacidade das pessoas envolvidas.
A polícia de Berlim tem atualizado todas as informação referentes ao ataque na sua conta da rede social Twitter. Pouco depois de tranquilizar a população dizendo que não havia sinais de alerta noutras partes da cidade, anunciou que bloqueou o acesso a uma rua próxima da praça onde ocorreu o ataque do camião que abalroou o mercado de Natal da capital alemã. O trânsito foi cortado e foi vedada a passagem de peões devido à presença de um "objeto suspeito". O objeto veria a ser confirmado como sendo inofensivo, algo semelhante a um saco de cama.
De acordo com as últimas informações divulgadas pelas autoridades alemãs, o camião de propriedade polaca viajava entre a Itália e a Alemanha e transportava um carregamento de aço. A polícia suspeita de que o camião tenha sido "roubado" na Polónia.
Este mercado de Natal, um dos muitos que se realizam por esta altura em toda a Alemanha, localiza-se na Breitscheidplatz, perto de uma das principais avenidas de Berlim ocidental, a Kurfuerstendamm. O ataque ocorreu às 20 horas locais, altura do dia em que muitos berlinenses aproveitam para passear nestes mercados de Natal.
Uma testemunha no local, Emma Rushton, contou no Twitter que tudo aconteceu muito rapidamente. "[O camião] ia a 40 milhas por hora [64 uilómetros/hora] e não estava perto da estrada nem fez nenhuma tentativa para travar".
“Ouvi um enorme barulho e fui até ao mercado de Natal onde me deparei com um completo caos… muitas pessoas feridas”, relatou à CNN Jan Hollitzer, sub-editor do Berliner Morgenpost. “Foi mesmo traumático”, acrescentou.
O camião pertence a uma empresa polaca sediada em Gdansk, segundo avança a imprensa regional alemã. O dono da companhia, referenciado apenas por Ariel Z, à rádio polaca TVN24, confirmou que o primo viajava para Berlim, onde passaria a noite, no camião que motivou o incidente. À radio disse ainda que não acreditava que o primo, que tem 15 anos de experiência como motorista, pudesse causar um incidente como este.
O incidente traz-nos à memória o atentado de Nice de 14 de julho deste ano, quando o tunisino Mohamed Lahouaiej Bouhlel conduziu um camião de 19 toneladas ao longo da Promenade des Anglais, matando 86 pessoas que assistiam ao fogo de artificio inserido nas comemorações do feriado que assinala a tomada da Bastilha.
Angela Merkel está neste momento reunida com o Ministro da Administração Interna. A chanceler alemã disse estar "de luto", cita a AFP.
"Estamos de luto e esperamos que os muitos feridos recebam a ajuda necessária", disse o porta-voz de Merkel, Steffen Seibert, na sua conta do Twitter, em alusão às "terríveis notícias" vindas de Berlim.
O Governo português já lamentou os atentados ocorridos hoje na Turquia, Alemanha e Suíça, e defendeu a necessidade de "uma resposta global para combater o terrorismo", disse à Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros.
Governo sem informação de vítimas portuguesas
Fonte do gabinete do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, disse à Lusa que o Governo está "em contacto com a polícia alemã", acrescentando não ter conhecimento de pedidos de ajuda de portugueses à embaixada em Berlim.
O Governo português lamentou os atentados ocorridos hoje na Turquia, Alemanha e Suíça, e defendeu a necessidade de "uma resposta global para combater o terrorismo", disse à Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros Augusto Santo Silva.
(Notícia atualizada às 02h34)
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