Com esta iniciativa, que apelida de “lotaria ambiental”, a autarquia pretende que as famílias e, em particular, as crianças, residentes no concelho, reciclem, pelo menos, 17 quilogramas de resíduos sólidos por mês.
“Vamos retirar os ecopontos do centro de Campo Maior e criar um ecocentro na zona industrial, com uma zona de jogos para as crianças. A entrada das crianças é paga com plástico, cartão, vidro e metal”, explicou hoje o presidente do município, Ricardo Pinheiro, em declarações à agência Lusa.
De acordo com o autarca, as crianças ou os pais que se inscrevam e que no final de cada mês tenham “mais de 17 quilogramas de lixo reciclado acumulado”, entram numa “lotaria ambiental”, ficando habilitados a um prémio monetário de 1.500 euros.
“Da mesma forma que o Ministério da Finanças fez o e-fatura, nós queremos fazer o mesmo do ponto de vista ambiental”, comparou.
Ricardo Pinheiro justificou o lançamento do projeto, alegando que, diariamente, cada pessoa produz 1,5 quilogramas de resíduos sólidos indiferenciados e apenas recicla 150 gramas.
“Se reciclássemos 800 ou 900 gramas por dia, estávamos a ter um contributo ambiental enorme e a fatura que o município pagaria ao final do mês à Valnor, empresa responsável pela recolha, triagem, valorização e tratamento de resíduos urbanos, reduziria de 15 mil euros para sete ou oito mil euros”, explicou.
O ecocentro ambiental vai surgir na zona industrial de Campo Maior, contando com um investimento na ordem dos 500 mil euros.
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