A intervenção decorreu no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), na Unidade de Intervenção Cardiovascular (UNIC).
“O tratamento consistiu numa intervenção minimamente invasiva, não cirúrgica, para a reparação da insuficiência tricúspide grave e sintomática e compreendeu a colocação de dois clipes nos folhetos da válvula tricúspide, permitindo uma redução importante da insuficiência valvular, o que permitirá a melhoria das queixas de insuficiência cardíaca do doente”, explica, citado na nota de imprensa, o diretor do serviço de cardiologia do CHUC, Lino Gonçalves.
“Não se registaram complicações ou intercorrências e o doente teve alta no dia seguinte”, acrescentou.
De acordo o diretor do serviço de cardiologia, a regurgitação desta válvula cardíaca “provoca o refluxo de sangue do ventrículo direito para a aurícula direita com consequências nefastas para o doente”.
Nestes casos, as opções de correção da insuficiência tricúspide “estavam limitadas à cirurgia cardíaca”.
No entanto, esta intervenção menos invasiva “vai possibilitar o tratamento de mais doentes com esta patologia, sobretudo naqueles mais idosos, frágeis e com elevado risco cirúrgico e que frequentemente não tinham acesso a qualquer tratamento valvular para ajudar à sua estabilização clínica”, sublinha.
A equipa de cardiologia da Unidade de Intervenção Cardiovascular (UNIC) do CHUC foi constituída pelos médicos Marco Costa (Coordenador da UNIC), Luís Paiva e Ana Botelho, com o apoio de uma equipa de médicos e técnicos do Hospital Clínic de Barcelona, Espanha.
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