O anúncio foi feito no final da reunião do júri que hoje esteve reunido na sede do Centro de Estudos Ibéricos (CEI), naquela cidade.
Segundo o vereador com o pelouro da cultura na Câmara Municipal da Guarda, Victor Amaral, o júri, na análise que fez das 13 candidaturas, decidiu por consenso atribuir o galardão a Carlos Reis, considerado um "reputadíssimo professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra" e um "notabilíssimo especialista em Literatura Portuguesa".
Instituído em 2004 pelo CEI, com sede na Guarda, o prémio destina-se a galardoar personalidades ou instituições com "intervenção relevante no âmbito da cultura, cidadania e cooperação ibéricas".
Victor Amaral disse aos jornalistas que o galardoado "encarna perfeitamente o espírito do prémio Eduardo Lourenço".
O autarca acrescentou que o premiado "representa, claramente, pelo seu trajeto, pela obra, pelo seu currículo, no que diz respeito à Literatura Portuguesa, e também na relação que tem com a Espanha e com a promoção, quer em termos culturais quer cívicos, quer também em termos literários, encaixa perfeitamente dentro do perfil deste prémio".
O presidente do júri, o vice-reitor da Universidade de Coimbra, Delfim Leão, disse que o prémio deste ano foi "muitíssimo bem atribuído" a Carlos Reis, professor universitário no Departamento de Línguas e Literaturas e Culturas da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e diretor do Centro de Literatura Portuguesa daquela instituição.
"Sendo português, tem uma amplíssima projeção no estrangeiro, começando logo, obviamente por Espanha, pelos países falantes de Espanhol e de Português, mas que vai muito além disso", declarou.
Delfim Leão acrescentou que Carlos Reis "é uma pessoa que tem trabalhado em universidades europeias, americanas, é convidado constantemente para os fóruns mais importantes a nível internacional", declarou.
"E, portanto, a atribuição do prémio leva com ele, precisamente a relevância da figura, mas também aquilo que o prémio representa e também da figura de Eduardo Lourenço que é uma figura cimeira da nossa cultura", rematou.
O vice-reitor da Universidade de Salamanca, Efrem Sadak, disse que o homenageado Carlos Reis faz a ponte entre Espanha, Portugal e a Europa e é uma figura que "é importante para Portugal".
Este ano, o júri foi constituído, entre outros, além dos membros da direção do CEI, por quatro personalidades convidadas: Emílio Rui Vilar e Rui Vieira Nery (indicados pela Universidade de Coimbra) e Maria Ángeles Pérez López e Lucía Rodil (Universidade de Salamanca, Espanha).
O galardão, com o nome do ensaísta Eduardo Lourenço, mentor e diretor honorífico do CEI, já distinguiu várias personalidades de relevo de Portugal e de Espanha.
Nas edições anteriores receberam o prémio Eduardo Lourenço a professora catedrática Maria Helena da Rocha Pereira, o jornalista Agustín Remesal, a pianista Maria João Pires, o poeta Ángel Campos Pámpano, o professor catedrático de direito penal Jorge Figueiredo Dias, os escritores César António Molina, Mia Couto, Agustina Bessa-Luís, Luís Sepúlveda e Basilio Lousada Castro, o jornalista e escritor Fernando Paulouro das Neves, o teólogo José María Martín Patino e os professores e investigadores Jerónimo Pizarro e Antonio Sáez Delgado.
O prémio deste ano será entregue em data a anunciar pelo CEI e pela Câmara Municipal da Guarda.
[Notícia atualizada às 17h46]
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