Considerando que os estabelecimentos de bebidas distribuídos pelo recinto da festa necessitavam de cerca de 100 mil copos plásticos só nos cinco principais dias do evento, o objetivo da autarquia é que, no mesmo período de 2019, o número desses recipientes passe a situar-se apenas entre os 35 mil e os 40 mil.
“Queremos ser um Carnaval ambientalmente sustentável”, declarou o vereador Alexandre Rosas, que assume a coordenação-geral do Entrudo de Ovar, no distrito de Aveiro.
“Até aqui as pessoas eram servidas em copos plásticos que se deitavam para o lixo mal ficavam vazios, mas em 2019 os bares vão ter de usar um ‘ecocopo’ especial, resistente, que o cliente terá de pagar e do qual se poderá servir no resto da noite”, explicou.
Adquiridos “em hasta pública pela autarquia”, os recipientes exibirão uma estética própria associada ao evento e foram pensados até como “colecionáveis”.
A prática já tem sido adotada nalgumas festas municipais e festivais de música.
Serão disponibilizados ao público a um preço que “ainda está por definir”, mas, considerando que o seu custo individual, “não deverá ultrapassar os 50 cêntimos”, adiantou.
O vereador encara a estratégia como “um apelo à consciência das pessoas, na tentativa de as sensibilizar para a adoção de comportamentos ambientalmente mais responsáveis e para a produção de menos resíduos”.
Quanto às restantes componentes do programa de 2019, Alexandre Rosas destaca três, a começar pela manutenção dos controlos de segurança no acesso às praças e ruas que acolhem a chamada “Noite Mágica” de segunda para terça-feira de Carnaval, o que não invalida a habitual entrada livre no recinto.
Além disso, a câmara vai lançar uma publicação própria sobre a história do Entrudo de Ovar e apoiará, igualmente, a estreia da curta-metragem “Carnaval Sujo”, em cuja produção estiveram envolvidas instituições do concelho.
O programa de animação vai arrancar a 9 de fevereiro, volta a prolongar-se por cerca de um mês e distribuir-se por várias atividades, com recurso a um orçamento global na ordem dos 650 mil euros.
Alexandre Rosas admitiu que “só metade dessa verba será autossustentável”, mas realça que o Carnaval de Ovar tem evoluído de forma “positiva e regular” rumo ao autofinanciamento pleno de cada uma das suas edições e justifica dessa forma uma política de preços quase inalterada.
“Os desfiles mantêm-se todos ao mesmo valor e a única alteração é no acesso ao ‘Espaço Folião’ que, dada a elevada procura, passa a ter bilhetes diários a cinco euros e pulseiras livre-trânsito um euro mais caras”, precisou.
Xande de Pilares, Nelson Freitas, Blaya, Olga Ryazanova e Quim Barreiros são alguns dos músicos já anunciados para esse palco específico, em concertos de entrada paga ou gratuita a realizar entre 22 de fevereiro e 5 de março.
Comentários