O cartel disse que vai ter o que chamou “recolher armado” até terça-feira na área de Bajo Cauca e quem não “obedecer à ordem” e sair à rua vai ser abatido, de acordo com um aviso publicado nas redes sociais e panfletos distribuídos em diferentes regiões do país.
Durante um “recolher armado”, os grupos criminosos costumam restringir o comércio, a circulação de veículos nas estradas e a mobilidade das pessoas, ameaçando atacar quem circula nas estradas, mesmo sob escoltas do Exército.
Pelo menos oito veículos foram incendiados, incluindo seis em diferentes estradas de Antioquia, disse à imprensa local o presidente da Associação de Transportadores da região, Juan Ruiz.
Também na região de Sucre foram incendiados dois autocarros de passageiros e um camião, disse o governador Héctor Olimpo Espinosa.
“Sabemos que houve ataques contra infraestruturas, maquinaria, alguns meios de transporte, e que há outros alertas contra infraestruturas públicas”, explicou Espinosa.
Em Barranquilla, a principal cidade do norte da Colômbia, dois homens armados obrigaram os passageiros de um autocarro público a descer e incendiaram o veículo.
O Comando da Polícia Metropolitana de Barranquilla disse que os dois homens foram depois capturados por populares, que inicialmente os tentaram linchar, mas que depois os entregar às autoridades.
Na região de Córdoba, pelo menos 63 escolas fecharam portas por causa do “recolher armado”, disse Hernán Martínez.
O presidente da associação local de professores disse que os membros do cartel se aproximaram de várias escolas e dispararam para o ar.
Também a Universidade de Córdoba suspendeu as aulas até 09 de maio.
Seis municípios estão em alerta máximo devido à “presença óbvia” de membros do cartel e “possíveis ataques” contra as autoridades, disse o governador de Antioquia, Luis Fernando Suárez.
O ministro da Defesa colombiano, Diego Molano, disse a uma rádio que o clã do Golfo tem um plano de retaliação que visa assassinar agentes da polícia e soldados.
Na quinta-feira, “Otoniel” declarou-se inocente, perante um tribunal federal em Brooklyn, das acusações de tráfico internacional de cocaína.
As autoridades colombianas estimaram o número de membros do clã do Golfo em cerca de 4.000.
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