O centro tem uma capacidade máxima de 200 pessoas.
Só nas últimas 24 horas, oito barcos com 692 pessoas a bordo chegaram ou foram intercetados pela Guarda Costeira e levados ao porto e um barco de pesca resgatou 384 migrantes que estavam num barco em condições precárias, noticiou a imprensa italiana.
As chegadas a Lampedusa têm sido incessantes nos últimos dias e, aos poucos, os migrantes estão a ser transferidos para outras cidades sicilianas, mas atualmente o centro de acolhimento voltou a exceder a sua capacidade com 1.367 migrantes.
Entre os resgatados estão um recém-nascido e a sua mãe, que foram atendidos imediatamente, e procedimentos de identificação e testes estão a ser realizados para detetar casos de covid-19.
O autarca de Lampedusa, Totò Martello, voltou a lamentar a situação e pediu para ser recebido pelo primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, para “abordar o fenómeno da migração através do olhar de um território fronteiriço”, explicando que em poucos dias mais de 2.000 migrantes chegaram à ilha.
“O sistema de quarentena está a funcionar, o centro está a ser esvaziado com transferências contínuas, mas quando já não houver covid-19 e navios de quarentena, como será abordado o problema? Os desembarques em Lampedusa não são novidade e continuamos a cuidar da receção sozinhos”, disse Martello.
Cerca de 410 pessoas ainda esperam para desembarcar num porto, incluindo mais de 25 menores, resgatados no Mediterrâneo central há cinco dias pelo navio ‘Geo Barents’, da Médicos sem Fronteiras (MSF), a única organização não-governamental (ONG) que mantém, atualmente, operações no local.
[As pessoas] “passaram por situações muito difíceis e estão exaustas. Pedimos às autoridades que nos designem um local seguro para o desembarque agora! Mostrem um mínimo de humanidade!”, referiu a MSF numa declaração divulgada nas redes sociais.
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