Arménio Carlos falava cerca das 09:30 à porta do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa (HCVP), em Lisboa, juntamente com a deputada do PCP, Ana Mesquita, onde prestou solidariedade aos trabalhadores daquela unidade hospitalar que estão em greve em defesa do acordo de empresa e pela integração nesse acordo de todos os profissionais subcontratados.
“Acima de tudo a CGTP-IN está aqui para mostrar a solidariedade para com estes trabalhadores do HCVP que estão a ser vítimas da destruição do seu acordo de empresa. Por outro lado, estamos aqui também para lhes transmitir que não é admissível que um acionista que é a Parpública, que é paga com o dinheiro dos contribuintes portugueses, esteja a colaborar nesta tentativa de destruição de direitos, do acordo de empresa”, disse.
No entender de Arménio Carlos, não há justificação para a “destruição do acordo de empresa”, por isso, a administração da HCVP deve iniciar que a negociação com o respetivo sindicato e federação.
“Não se justifica a existência de uma empresa que é a Servihospital para contratar trabalhadores com vínculos precários, nomeadamente falsos recibos verdes, para prestar serviços de trabalho permanente”, disse.
De acordo com o secretário-geral da CGTP, os trabalhadores devem passar aos quadros, a efetivos uma vez que fazem trabalho permanente.
“Este é o momento certo para que a CVP repense a sua atitude e intervenção e mais do que ter a sua atitude prepotente de arrogância e de rotura que tenha uma atitude de diálogo e de solução para o problema”, disse.
Segundo Arménio Carlos, os trabalhadores estão disponíveis para encontrar uma solução, mas vai depender da vontade da administração resolver o problema.
A greve de dois dias (segunda-feira e hoje) foi convocada pelo SEP, pelo Sindicato da Hotelaria do Sul e pelo Sindicato Nacional de Profissionais de Farmácia e Paramédicos (SIFAP) e abrange enfermeiros, auxiliares, administrativos e trabalhadores da área da farmácia.
De acordo com os sindicatos, a greve teve uma adesão de 80 a 09% na segunda-feira e de 75% no turno da noite, que terminou às 08:00 de hoje.
Os trabalhadores já tinham estado em greve em junho e voltaram à paralisação “face ao impasse demonstrado pela administração” do Hospital, que apresentou a denúncia do acordo de empresa em novembro de 2015, segundo uma nota dos sindicatos.
Os trabalhadores queixam-se ainda de que processo negocial iniciado fevereiro do ano passado não teve qualquer evolução.
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