“Estou numa cerimónia muito digna de entrega de espadas, símbolos de comando, não vou prestar qualquer declaração sobre esse assunto”, respondeu, após questionado sobre se tinha sido informado da operação que levou à recuperação, pela Polícia Judiciária Militar (PJM), do material militar furtado dos paióis de Tancos.
Antes, o CEME discursou perante os 78 novos oficiais do Exército, numa cerimónia na Academia Militar, em Lisboa, centrando-se no que significa “comandar” e na exaltação do Exército como “instituição de referência na construção de Portugal”.
“Comandar implica tomar decisões, escolher caminhos, possuir capacidade de reflexão e ponderação. Exige firmeza de caráter e coragem moral para assumir consequências e responsabilidades que não podem ser delegadas”, afirmou.
Dirigindo-se aos oficiais que entraram para o Quadro Permanente, Rovisco Duarte advertiu que o comando “exige a prática de uma disciplina rigorosa e o cumprimento da lei”.
O exercício do comando é “um ato solitário para o qual a preparação constitui um esforço contínuo ao longo de toda a vida profissional, baseando a vossa ação no conhecimento, num elevado sentido de missão, vontade de bem servir e num apurado sentido de justiça”, disse.
Rovisco Duarte destacou, em seguida, que o “Exército é um pilar fundamental do Estado” e uma “instituição central para a segurança e a defesa terrestre do território nacional e salvaguarda coletiva e cooperativa”.
“O caminho que escolheram não é conhecido por ser fácil, nem por proporcionar riqueza material, antes é uma profissão de elevada exigência onde se abdica dos interesses individuais em favor do coletivo”, referiu.
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