Em conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa, o líder do Chega criticou o “secretismo em que esta reforma está a ser feita”, afirmando que os “principais partidos não sabem quais as principais orientações e características desta reforma do SNS”.
“Demos entrada hoje no parlamento a um requerimento, com toda a urgência possível, para que na primeira reunião de comissão, o ministro da Saúde seja chamado ao parlamento”, indicou André Ventura, referindo querer que Manuel Pizarro dê explicações sobre o “contorno desta reforma”, sustentando que o “secretismo em que estão a envolver” esta proposta “é prejudicial para os interesses de Portugal”.
O líder do Chega quer que o “ministro venha obrigatoriamente ao parlamento”, e indicou que o partido irá usar o direito potestativo para forçar a audição de Manuel Pizarro caso seja necessário.
André Ventura considerou que “está em curso uma verdadeira mercantilização do SNS”, argumentando que as unidades de saúde “receberão mais se tiverem mais doentes e doentes mais graves”.
Um modelo que “trará mais dinheiro se tiverem mais risco e mais carga de doença” visa “mercantilizar o SNS”, insistiu.
O presidente do Chega acusou o Governo de “só estar interessado em centralizar ainda mais o poder no Ministério da Saúde”, apontando que “só vai atrasar ainda mais consultas e cirurgias no SNS”.
No geral, esta é “uma desgraça de reforma, sem qualquer sentido”, e “é tudo menos a reforma que serve o país”.
O SNS vai sofrer uma “grande reforma” a partir de janeiro de 2024 com a criação de 31 Unidades Locais de Saúde, que se juntam às oito já existentes, revelou hoje o diretor-executivo do SNS.
“Esta é a grande reforma do SNS, não haja a mínima dúvida. Nós estamos a fazer uma reforma que vai abranger todo o país e vai alterar de forma profunda, do ponto de vista da organização, os cuidados de saúde”, afirmou Fernando Araújo.
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