O vice-diretor da Agência Espacial Tripulada da China, Lin Xiqiang, explicou, em conferência de imprensa, que o Escritório de Engenharia Espacial Tripulada da China “iniciou os trabalhos de desenvolvimento” em projetos que incluem “novos veículos de exploração, fatos de astronauta, uma nova geração de naves espaciais e novos foguetões”.
O trabalho visa possibilitar no futuro uma “curta estadia na Lua”, uma “exploração conjunta homem-máquina” e as tarefas de “pouso na lua, movimentos na superfície, recolha de minerais, pesquisa científica e retorno à Terra”, disse Lin.
Lin anunciou ainda o lançamento do Shenzhou-16, que vai transportar três astronautas para a estação espacial de Tiangong, na terça-feira.
Jing Haipeng, Zhu Yangzhu e Gui Haichao, vão partir para Tiangong, a partir da base de lançamento de Jiuquan, situada numa área desértica no norte do país.
Para Jing, o comandante da missão tripulada, esta é quarta missão em que participa, o que o tornará no ‘taikonauta’ - como são chamados os astronautas chineses - com mais missões.
Para Zhu e Gui esta é a primeira missão no espaço.
Jing e Zhu vão ficar encarregados de manobrar e gerir a nave e realizar experiências.
A construção da estação espacial foi concluída no final de 2022. É provável que a Tiangong se torne na única estação espacial do mundo até 2024, se a Estação Espacial Internacional, uma iniciativa liderada pelos Estados Unidos à qual a China está impedida de aceder devido aos laços militares do seu programa espacial, for desativada naquele ano, conforme está planeado.
A China já conseguiu pousar a sonda Chang'e 4 no lado da Lua não visível a partir da Terra em 2019, tornando-se o primeiro país a fazê-lo.
O país asiático anunciou também recentemente a quarta fase do seu programa de exploração lunar, que inclui a construção na próxima década de uma base de exploração científica no polo sul do satélite natural da Terra.
Comentários