“A nossa vacina oferece segurança reforçada e potencialmente reduz os custos de produção mais do que qualquer outra atual alternativa, e com a mesma eficácia”, disse o cientista Qiang “Shawn” Chen, do Instituto de Biodesign da Arizona State University (ASU), que liderou a equipa de investigação.
O Zika expandiu-se e tornou-se mais conhecido em 2015, quando infetou milhões de pessoas, especialmente na América do Sul. É transmitido pela picada do mosquito e quando infeta mulheres grávidas pode afetar gravemente os bebés.
Com o aparecimento do Zika surgiram os esforços científicos para encontrar uma vacina. Várias potenciais vacinas apresentaram até agora resultados promissores, em testes em animais mas também em humanos, embora até hoje não haja vacinas licenciadas ou terapêuticas disponíveis para combater a doença.
Alexander Green, cientista da ASU, com a colaboração da Universidade de Harvard, já tinha desenvolvido um teste ao Zika rápido e fiável.
Agora, Chen, especialista em vírus que trabalhou nos últimos 10 anos em terapias e vacinas baseadas em plantas contra o vírus do Nilo e a febre dengue (da mesma família do Zika, flavivírus), aperfeiçoou uma vacina contra uma parte de uma proteína viral chamada DIII e que desempenha um papel crucial na infeção das pessoas.
O responsável explicou que todos flavivírus têm a proteína e que para chegar à vacina foi cultivada a proteína que foi colocada depois na planta de tabaco. A fase seguinte foi fazer experiências de imunização em ratos, que demonstraram uma proteção a vários tipos do vírus a 100%.
A produção de vacinas baseadas em plantas, especialmente de tabaco, tem sido comum junto dos investigadores da ASU.
O vírus Zika é transmitido pelo mosquito Aedes e provoca microcefalia.
Segundo a OMS o vírus foi pela primeira vez identificado em macacos no Uganda em 1947. Foi identificado em humanos em 1952, no Uganda e na Tanzânia, e os primeiros grandes surtos foram na Micronésia, em 2007, e no Brasil em 2015.
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