A proposta é analisada e votada na reunião do executivo, na segunda-feira, numa iniciativa “empreendida pelo grupo de trabalho da candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura 2027, que visa valorizar a diversidade da língua portuguesa, celebrá-la como elemento fundamental e fundador da cultura e aproximá-la dos falantes do idioma em todo o mundo”, afirmou o município, numa nota de imprensa enviada à agência Lusa.
A proposta de criação de um polo daquele museu, localizado na cidade brasileira de São Paulo, está prevista no plano de investimentos do livro da candidatura de Coimbra, numa intervenção que tem um custo previsto de cerca de seis milhões de euros.
A Câmara de Coimbra “dá agora o primeiro passo no sentido de formalizar estas intenções, através da aprovação de um protocolo de cooperação a estabelecer entre o município, a Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e a Fundação Roberto Marinho”, referiu.
“A Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo compromete-se a disponibilizar, dentro das suas possibilidades, o conteúdo do Museu da Língua Portuguesa, que esteja com direitos de autor disponíveis para uso em circuito internacional, para ser utilizado no polo europeu do Museu da Língua Portuguesa, sendo ainda autorizado o uso do nome, da marca e da referência ao Museu da Língua Portuguesa para a implantação deste polo europeu”, explicou a nota da autarquia.
Já a Fundação Roberto Marinho, envolvida na criação do museu, “compromete-se a enveredar esforços no sentido de partilhar o seu conhecimento técnico e ‘know-how’ para colaborar nos estudos com vista à definição do modelo deste polo europeu, a partir da sua experiência na implantação do Museu da Língua Portuguesa em São Paulo, nas diversas vertentes do projeto (arquitetura, museografia, curadoria, tecnologia, acessibilidade, educativo, comunicação, entre outras)”, aclarou.
A Câmara de Coimbra fica responsável por produzir material promocional e selecionar imóveis com condições para instalar o polo europeu, comprometendo-se ainda a “licenciar parte dos conteúdos produzidos, para que o Museu da Língua Portuguesa os possa incluir no seu espaço expositivo”.
O protocolo, que tem uma duração de 24 meses, não prevê a transferência de recursos financeiros ou materiais entre as partes.
Depois do incêndio de 2015, que destruiu o Museu da Língua Portuguesa, o espaço foi reaberto em 2021, depois de cinco anos de reconstrução, numa parceria entre o Estado de São Paulo e a Fundação Roberto Marinho.
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