“São processos que demoram sempre anos, tenho a certeza que ainda vai demorar algum tempo, mas vai ser uma realidade. Não temos dúvidas porque este é um espaço único: para ser UNESCO tem de ser diferenciador e nós temos todas essas características”, referiu Guilherme Duarte.

Depois da apresentação do Guia Ecoturismo no Centro de Portugal", que decorreu no Palace Hotel do Bussaco, o presidente da Fundação sublinhou, aos jornalistas, que atualmente possuem uma equipa a trabalhar neste processo, “em completa sintonia com a Câmara Municipal da Mealhada, que assume a componente financeira da candidatura”.

“Voltámos a fazer uma nova candidatura para continuarmos na lista indicativa e teremos um prazo muito curto, depois de termos o resultado final, para apresentar os projetos finais”, acrescentou.

Guilherme Duarte realçou que há muito trabalho feito, no âmbito desta candidatura que já começou “há muitos anos” e que não correu como seria de esperar.

“Infelizmente correu da pior forma possível, de uma forma trágica, porque a empresa responsável pela candidatura era unipessoal, e o senhor faleceu há uns anos, o que obrigou a repensar todo o projeto”, contou.

Em 2016, a candidatura do Sacro Deserto dos Carmelitas Descalços e Conjunto Edificado do Palace do Bussaco passou a integrar a lista indicativa de Portugal para classificação de Património Mundial da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

Sete anos depois, a candidatura “foi melhorada”, tendo para isso contado com “o trabalho da arquiteta paisagística Teresa Portela Marques”.

A Mata do Bussaco, localizada na freguesia do Luso, concelho da Mealhada (distrito de Aveiro), foi classificada como monumento nacional em dezembro de 2017.

Ocupa atualmente cerca 105 hectares e possui “uma das melhores coleções dendrológicas da Europa, com cerca de 250 espécies de árvores e arbustos com exemplares notáveis”.