Segundo o mais recente, e ainda "provisório", balanço das autoridades espanholas, o número de mortes, em Espanha, devido às inundações subiu para 205, das quais 202 foram registadas na Comunidade Valenciana.
Além das 202 mortes contabilizadas em Valência, as autoridades espanholas registaram outras duas em Castela La Mancha e outra na Andaluzia.
No documento, o centro de coordenação de emergências da região acrescenta que continua em marcha o processo de “levantamento e identificação das vítimas”.
A descoberta de novos corpos "é permanente", declarou à rádio RNE o comandante Pizarro, que lidera uma unidade de mergulhadores da Guarda Civil.
Esta sexta-feira, quase 2.000 militares trabalhavam para aliviar a situação da população da região de Valência, angustiada devido à lentidão da ajuda, à falta de energia, à queda das telecomunicações e à ameaça de escassez de alimentos e água.
"Se for necessário, estarão presentes 120 mil" militares, prometeu a ministra da Defesa, Margarita Robles, em entrevista à televisão estatal TVE.
Hoje juntaram-se cerca de 500 militares aos 1.200 que já estavam em Valência e outros 500 chegarão amanhã.
Desde terça-feira, várias regiões de Espanha estão sob a influência de uma “depressão isolada em níveis altos”, um fenómeno meteorológico conhecido como DANA, em espanhol, e como DINA, em português.
O fenómeno causou chuvas torrenciais e ocorrências em diversos pontos de Espanha, sobretudo na costa do Mediterrâneo.
Esta é considerada uma das catástrofes naturais mais graves dos últimos 75 anos em Espanha, ultrapassando as inundações de Biescas (Huesca), em 1996, com 87 mortos, e as inundações de Turia, em 1957, onde morreram entre 80 e 100 pessoas.
Atualmente, há várias regiões sem água e eletricidade há vários dias, como é o caso da localidade de Paiporta.
*Com Lusa e AFP
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