O jovem de 26 anos é acusado de cinco homicídios por negligência e quatro ofensas à integridade física por negligência, face ao acidente, em 2015, que provocou cinco mortos e quatro feridos, de um grupo de cerca de 80 peregrinos que se deslocava de Mortágua em direção a Fátima.
De acordo com o Ministério Público (MP), o jovem fez uma condução “com acelerações e travagens bruscas, a uma velocidade desadequada [alegadamente acima do máximo permitido – 70 km/hora]”, num piso onde tinha chovido “recentemente”.
No início do julgamento, em setembro, o arguido admitiu a culpa no acidente, mas alegou que “nem tudo” o que está na acusação do MP é verdade, sublinhando que, apesar de ter bebido “umas cervejas”, não estava embriagado e que acha que moderou a velocidade.
O acidente aconteceu em Coimbra, por volta das 03:45, a 02 de maio de 2015, um sábado, quando o automóvel do arguido se despistou à saída de uma curva, no IC2.
De acordo com a acusação a que a agência Lusa teve acesso, o Ministério Público entende que o jovem atuou “de forma leviana, imprudente e desatenta”, sublinhando que a recolha de amostra de sangue feita ao condutor duas horas depois do acidente revelou uma taxa de alcoolemia de 0,9 gramas/litro de sangue (g/L) e a presença de substâncias psicotrópicas (droga).
O Ministério Público refere ainda que o arguido acabou por “perder por completo” o controlo do carro ao descrever uma curva à esquerda, invadindo a faixa contrária e colhendo no despiste nove peregrinos de um grupo de 80 que seguiam na via reservada pela Infraestruturas de Portugal para os mesmos. Morreram cinco dos peões atropelados.
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