O responsável falava aos jornalistas após uma reunião com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no âmbito das audiências do chefe de Estado aos parceiros sociais.
No encontro, Francisco Calheiros transmitiu ao Presidente da República que a CTP considera “um erro mexer na legislação laboral enquanto o desemprego estiver a baixar”, disse aos jornalistas, salientando que os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) publicados na terça-feira apontam para um nível de desemprego inferior a 8%.
Tendo em conta a subida do emprego, “em equipa que ganha não se mexe”, pois é um “sinal errado que se dá aos empresários do Turismo”, defendeu Calheiros.
O Governo já sinalizou que haverá alterações à lei laboral, depois de, na Concertação Social não ter havido este ano um acordo sobre o salário mínimo porque as confederações patronais reivindicavam um congelamento da lei em 2018.
Outra preocupação referida no encontro com Marcelo Rebelo de Sousa teve a ver com a construção do novo aeroporto, adiantou o presidente da CTP.
“Tememos que a construção se vá atrasar, está prevista para 2022 e existe muita coisa ainda que já devia estar feita, como é o caso dos estudos de sustentabilidade”, salientou.
Além disso, acrescentou estar “extraordinariamente preocupado" com os próximos quatro anos. “Podíamos chegar a uma situação em que os turistas que chegam a Portugal não têm onde desembarcar”, sublinhou Francisco Calheiros, defendendo que é preciso “sensibilizar o Governo e o Presidente da República” para esse problema.
“Vai chegar ao ponto em que provavelmente iremos recusar companhias aéreas de aterrar na Portela porque não temos espaço para o fazer”, acrescentou.
Além da CTP, o Presidente da República recebe esta tarde a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).
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