No segundo dia do XXI Congresso do PCP, o dirigente comunista Armindo Miranda interveio para definir as linhas de trabalho prioritárias para as eleições autárquicas, apontando janeiro de 2021 como a data de início desse trabalho.

“Camaradas, estas linhas de trabalho, não são para ter início lá para maio ou junho, é já a partir do inicio do ano [2021] que temos que fazer este trabalho , de forma decidida e determinada”, declarou.

Assim, de forma a “proporcionar a um número mais alargado de portugueses os benefícios da gestão distintiva da CDU” [coligação PCP/PEV], as linhas de trabalho do partido, segundo o dirigente, terão que passar, “no imediato”, pela “ação autárquica marcada pela proximidade”, reforçando e criando comissões de concelhia e de freguesia, “responsabilizando camaradas e amigos com tarefas concretas”.

Nas autarquias onde estão em maioria, será prioritário “prestar contas à população”, “divulgar o trabalho da CDU” e “valorizar a obra realizada”, fundamentando “os atrasos ou insuficiências da autarquia”.

Em câmaras ou juntas de freguesia em que a força política do PCP é menor, o dirigente considera necessário “prestar contas à população” da atividade, como “as propostas apresentadas nos órgãos autárquicos e o resultado das votações”.

Sem estabelecer objetivos eleitorais concretos, o PCP pretende “consolidar e reforçar a sua força com mais votos e mais mandatos”, concorrendo a todos os órgãos municipais e ao “maior numero de freguesias possível”, afirmando esperar "um grande resultado".

Referindo que, em 2017, participaram nas listas da CDU às autarquias “cerca de 12 mil independentes”, Armindo Miranda considerou que o partido tem condições “para manter ou mesmo reforçar essa participação”.

Nas eleições autárquicas de 2017, os comunistas conseguiram maioria em 24 Câmaras Municipais, incluindo Loures, tendo obtido 489.089 votos.